Jogo de Liga dos Campeões é mesmo outra história. A começar pelo vinho. Isso mesmo: vinho. Serve-se vinho e champanha para jornalistas e convidados antes de a bola rolar. Sessenta e três taças foram enfileiradas sobre a mesa, enquanto os garçons preparavam o resto. Tem mais.

Champanha, iguarias italianas, pães variados, tábua de frios, sucos naturais, cafés, pizzas recortadas, o cardápio no Giuseppe Meazza, para além da bola rolando, foi vasto. Os funcionários da Inter, era possível reconhecê-los de longe. Todos de terno e gravata, com um suave distintivo do clube na lapela e versados no inglês. É Milão, a capital mundial da elegância.

– Nos pedem para atender bem quem vem aqui. E pedem também que digam que foram bem atendidos. Este é o nosso trabalho. Vem gente do mundo todo aqui – explica o garçom Costantino Pucino, 21 anos, antes de abrir uma garrafa de vinho Barbera D’Asti, produzido na região da Gattinara.

Vê-se logo o motivo de tantas regalias para uma partida de primeira fase de um campeonato continental. Basta examinar os patrocinadores da Champions League. Na sala ao lado, eles preparam o banner para as entrevistas. Só empresas gigantes, presentes em todos os cantos do planeta: Heineken, Sony, MasterCard, Unicredit e Ford.

Espalhados pelos quatro andares do estádio, ligados por elevadores com capacidade para 19 pessoas, telões mostram imagens de todos os aspectos ligados ao jogo: a chegada do público e os treinos dos times envolvidos na partida.

A chegada do presidente da Inter, Massimo Moratti, foi transmitida desde o estacionamento, com direito a entrevista até sobre a situação do técnico Rafa Benítez antes da partida. O espaço para imprensa é farto. Exatas 115 posições são destinadas a jornalistas, de frente para o campo, com televisores espalhados de forma que não reste dúvida na hora de rever o lance complicado.

Há muito que se aprender com a estrutura da Champions League. A Copa de 2014 vem aí.