| 17/11/2010 08h24min
Longe de ser um clichê, o futebol está no sangue de Alecsandro. Filho de Reinaldo Felisbino, o Lela, ex-atacante do Coritiba, e irmão do volante Richarlyson, do São Paulo, o camisa 9 do Inter não está na profissão por acaso – desde pequeno, convive com o mundo da bola.
Com a autoridade de quem já fez história no futebol, ao sagrar-se campeão brasileiro pelo Coritiba, Lela dá seus pitacos na carreira do filho. Nada de interferência quanto ao futuro, contudo. Apenas estímulo para o filho buscar suas metas.
– Falamos muito por telefone. Antes dos jogos, ele comenta quantos gols dá para eu fazer, conforme a dificuldade do adversário – conta o atacante colorado, que fala com frequência também com o irmão, volante são-paulino e também campeão brasileiro.
Na rua, torcida é só carinho
Embora não pressione para o filho Yan, cinco anos, seguir o mesmo caminho, o pequeno já ensaia chutes nas aulas de futebol no condomínio onde mora, em Porto Alegre. Pai coruja, Alecsandro leva o garoto aos treinos no Beira-Rio sempre que pode. Mesmo que a maior inspiração de Yan esteja em casa, o baianinho mostra personalidade.
– Já me disse que estava deixando o cabelo crescer para ficar igual ao Loco Abreu (do Botafogo). Vê se posso! – conta Alecsandro, aos risos.
Aliás, quem observa apenas Alecsandro em campo, com cara de poucos amigos, não o imagina descontraído e bem-humorado no dia a dia. A rusga com a torcida, que não poupa vaias ao artilheiro do time, com 23 gols na temporada, morre no estádio. Fora dele, Alecsandro é muito assediado por torcedores para autógrafos e pedido de fotos.
– Acho que já atendi mais de 3 mil pessoas. De verdade. Nunca ninguém me cobrou nas ruas – recorda o atacante.
Aprovado no vestibular para Educação Física, ele pensa em ser técnico quando parar de jogar.
Churras de paulista?
Há quase dois anos em Porto Alegre, Alecsandro gosta de reunir os amigos em casa para churrasquear. Embora não seja da aldeia (nasceu em Bauru, SP), garante saber assar uma boa carne:
– Sou bom assador. Inclusive estou ensinando uns gaúchos. Churrasco de paulista é diferente. Não tem essa de colocar um monte de carne na mesa e comer. Dura a tarde toda. É mais uma confraternização do que uma refeição.
Mentalizando o gol do Mundial
– Como posso não pensar em fazer o gol do título se sou o camisa 9 da equipe?
Com esse pensamento Alecsandro aguarda o Mundial, em Abu Dhabi. Ausente na final da Libertadores, por lesão muscular, Alecsandro trocaria qualquer um dos seus 51 gols (ou todos) no Inter pelo do título mundial:
– Qualquer gol marca, mas gol em final eterniza. Numa final de Mundial, então...
Embora sonhar com gols não seja corriqueiro para o atacante, ele garante que, antes de jogos importantes, pensa na jogada que terminará com a bola no fundo da rede:
– Quando estiver mais próximo, vou mentalizar o gol do Mundial. Isso é normal.
CONHEÇA MAIS DO ÍDOLO
- Nome: Alecsandro Barbosa Felisbino
- Data e local de nascimento: 4/2/1981, em Bauru (SP)
- Comida preferida: feijoada
- Filme preferido: Homens de Honra
- Último livro que leu: Os 11 Maiores Centroavantes do Futebol Brasileiro
- Jogo inesquecível: “Meu primeiro como profissional, em 1997, Vitória x Vitória da Conquista.” (Não disse o resultado)
- Onde passa as férias: “De preferência em uma praia, ao lado da família.”
- Ídolo no futebol: “Lela, meu pai.”
- Ídolo na vida e por que: “Meu pai e minha mãe, Maria de Lurdes, que me ensinaram tudo.”
- Se não fosse jogador de futebol, seria? Treinador de futebol
- Grau de escolaridade: Ensino médio (passou no vestibular para Educação Física)
- Pior situação em campo: a briga com o Estudiantes, na Libertadores. “Odeio briga. Foi a primeira em toda a carreira. Sou da paz.”
- Música preferida: “Sou muito eclético. Gosto de MPB, pagode...”
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