| 16/11/2010 06h30min
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Toda semana, o clicEsportes conversa com ex-jogadores da dupla Gre-Nal que hoje brilham em gramados distantes do Rio Grande e do Brasil. Hoje, a série mostra como está o atacante Taison, campeão da América neste ano pelo Inter.
Desde que Taison deixou o Inter para jogar no Metalist, da Ucrânia, logo após a conquista da Libertadores da América, o técnico Celso Roth não encontrou um substituto ideal para o atacante. Adaptado ao clube europeu, o jogador falou em entrevista ao clicEsportes que gostaria de disputar o Mundial de Clubes com a camisa colorada:
— Queria ter ficado para jogar o Mundial. Mas a gente nunca sabe. Não sei se eu continuaria com a boa fase, e nem se teria outra oportunidade para jogar na Europa. Mas gostaria de ficar, principalmente pela torcida do Internacional — desabafa.
De longe, Taison acompanha o Colorado. E sofre pelo time. A derrota do domingo passado para o Avaí o deixou chateado. Foi justamente diante do time catarinense, em Florianópolis, que ele vestiu a camisa colorada pela última vez, na vitória por 1 a 0 com gol de Índio. Em dezembro, quando estiver de férias no Brasil, diz que ficará atento ao Mundial de Abu Dhabi. Visitar o Beira-Rio também está em seus planos.
A vida na Ucrânia
Taison acertou sua transferência para o Metalist em agosto deste ano, em uma negociação de aproximadamente € 6 milhões. Quando chegou ao clube, fundado em 1925 em Carcóvia, ficou impressionado com a estrutura.
Sua principal dificuldade foi a língua. Mas, no pouco mais de três meses vivendo na Europa, o ex-jogador do Inter já consegue entender as principais palavras usadas durante as partidas. Durante os treinos, um intérprete o ajuda. De resto, a adaptação à cidade tem sido fácil.
Uma das explicações são os companheiros da equipe, que dão o apoio necessário e ajudam a diminuir a saudade do Brasil. Além de Taison, mais três brasileiros compõem o grupo do Metalist: o lateral Fininho e os meias Cleiton Xavier e Edmar.
— Estamos sempre juntos. O Edmar está sempre comigo, me dando apoio. Tem também um argentino que sempre anda conosco, o Cristian. Saímos seguido para jantar — diz Taison, que mora sozinho e pretende levar a mãe e o irmão para viver com ele no próximo ano.
Dentro de campo, tudo também vai bem. Em 12 partidas com a camisa do time ucraniano, marcou cinco gols — entre eles um golaço de fora da área contra a Sampdoria, pela Liga Europa (veja o vídeo). Ele caiu nas graças da torcida e já é reconhecido em locais públicos.
O Metalist é o terceiro colocado no Campeonato da Ucrânia, atrás do Shakhtar Donetsk e do Dynamo, de Kiev. Na Liga Europa, o time está na segunda posição do Grupo I, atrás do PSV e na frente de Sampdoria e Debreceni.
Futebol ucraniano
O futebol ucraniano ganhou destaque na nossa imprensa nos últimos anos, depois de um grande número de brasileiros ir jogar no país do leste europeu, antigo integrante da União soviética. O atacante Brandão, contratado pelo Shakhtar Donetsk em 2002, foi um dos primeiros.
Hoje, a lista de canarinhos é grande. No Shakhtar, atuam Luiz Adriano, Douglas Costa, Fernandinho, Jadson, William e Alex Teixeira. Conforme Taison, a maioria dos clubes do país tem atletas do Brasil:
— Dos times aqui da Ucrânia que eu enfrentei até agora, apenas um não tinha brasileiro no elenco.
As principais diferenças do futebol da Ucrânia, se comparado com o do Brasil, são a marcação de faltas e a força. Lá, diz Taison, o juiz não marca tanto como aqui, e o jogo tem mais contato físico e marcação:
— Mas é um futebol bonito. Estou impressionado com a qualidade de alguns jogadores ucranianos que atuam comigo.
Ambições para o futuro
Ao ser negociado para o futebol europeu, Taison realizou o sonho de muitos jogadores. Agora, as metas para sua carreira são outras. Vestir a "amarelinha" está entre elas:
— Meu primeiro objetivo é ganhar um título pelo Metalist. E também ser convocado para a Seleção Brasileira, que agora está sendo renovada pelo Mano Menezes.
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