| 15/11/2010 15h43min
Faz tempo que a seleção argentina não vence o Brasil, seu principal adversário na América do Sul. Foi em 2008, pelos Jogos Olímpicos de Pequim, quando a equipe de Lionel Messi aplicou 3 a 0 no time de Dunga nas semifinais e acabou conquistando o ouro. O melhor jogador do mundo em 2009, que participou da conquista na China, agora sonha em vencer o time principal verde-amarelo.
– Será especial pelo rival e por estar frente a frente com uma pessoa de quem gosto muito: o Ronaldinho, um autêntico irmão que, junto com o Deco, me ajudou muito no meu início no Barça. Tenho um apreço muito grande por eles. Desejo sempre o melhor a eles. Sabem de uma coisa? Nunca ganhei do Brasil com a seleção principal. Perdi a final da Copa América na Venezuela... Acho que já é hora da primeira vez – disse o craque em entrevista publicada nesta segunda no site oficial da Fifa.
Messi também falou de seu ambiente da Argentina, e reclamou da presão que sofre quando defende seu país. Em tom de desabafo, ele afirma que se sente como o jogador a ser culpado em caso de fracasso.
– Em qualquer confusão que apareça me colocam no meio mesmo que eu não tenha nada a ver. Por isso sempre me dedico ao que sei fazer, que é jogar futebol, sempre tendo muito cuidado com o que digo porque sempre distorcem tudo. Tentam buscar interpretações que não existem, e isso simplesmente me chateia. Quero o melhor para a argentina em todos os níveis – declarou.
Considerado por muitos o sucessor de Diego Maradona, Messi considerou "espetacular" o convívio com o maior craque da história de seu país, que o treinou durante a Copa do Mundo da África do Sul. O argentino ainda revelou que continua mantendo contato com o craque.
– Conversamos não faz muito tempo. Estive muito bem com o Diego, da mesma forma que agora com o Checho Batista. Sou um jogador como os outros na seleção. O que faço é jogar, sou um simples jogador. Quem cuida dos assuntos da federação são outras pessoas. Eles são os responsáveis pelas decisões, nada depende de mim. Nossa relação fora de campo foi e continua sendo muito boa – declarou.
Messi também falou da eliminação argentina na África do Sul e da Copa América de 2013, na Argentina:
– Já cumpri todos os objetivos que tinha, à exceção da Copa do Mundo. Fiquei muito chateado com a forma como fomos eliminados contra a Alemanha. O golpe foi muito duro porque esperávamos mais. Achava que poderíamos chegar longe. Foi uma pena. A Copa América vai ser muito importante para nós porque vai ser em casa, o que nos obriga a entrar com tudo, a entrar para conquistar o título. Precisamos fazer muito bem as coisas e ganhar.
Por fim, o argentino deixou seus votos para os prêmios de "Bola de Ouro" da Fifa de melhor jogador e treinador da temporada:
– Tenho certeza de que neste ano a Copa do Mundo terá muito peso sobre a decisão final. Se eu não ganhar, desejo de coração que vença um companheiro do Barça. O Xavi e o Iniesta aparecem em todas as previsões e são dois caras maravilhosos, grandes jogadores que merecem o prêmio mais do que ninguém. Para técnico, volto a defender a minha casa, as minhas cores. Votaria no Pep Guardiola, não apenas pelo que ganhamos, mas pela sua proposta e filosofia de jogo. Também não me esqueço do José Mourinho, que, além da tríplice coroa com a Inter, mudou um pouco a cara do Real Madrid. Mas volto ao meu discurso sobre a Copa do Mundo. Ela vai ser decisiva, e daí aparecem Vicente del Bosque ou Joachim Löw, não sei...
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