| 12/11/2010 10h53min
*Colaborou Fernando Becker
fernando.becker@rbstv.com.br
Garoto franzino, tímido de poucas palavras, mas de futebol sério. Com 19 anos completados em setembro, Oscar é uma das maiores promessas do Inter. Em entrevista para o clicEsportes e a RBSTV, o meia, que chegou a ser comparado com Kaká, disse que está sendo preparado para 2011 e revelou os motivos que o fizeram trocar o São Paulo pelo Colorado.
– Eu tinha um problema contratual com o São Paulo, mas não queria ir tão cedo para a Europa. Escolhi o Inter pela estrutura e porque estava na semifinal da Libertadores. Vários outros clubes tinham feito proposta também – conta Oscar, que tem cinco anos de contrato com o Inter.
Veja a entrevista de Oscar ao programa Bom Dia Rio Grande no site da RBS TV
Natural de Americana, Oscar já se sente totalmente adaptado a Porto Alegre. Vive com a esposa Ludimila em um apartamento na zona norte de Porto Alegre. O que falta para se tornar um gaúcho honorário? Aprender a fazer chimarrão ou churrasco.
– Gosto do frio de Porto Alegre. A cidade é bem mais tranquila que São Paulo. Mas fazer churrasco é muito difícil – brinca o jogador.
Não atuou pelo Inter na Libertadores, mas se sente parte do título. No apartamento onde vive, mostra com orgulho um quadro na sala em que aparece no Beira-Rio com taça e medalha da competição.
Com 1,79cm de altura, Oscar tem 68 quilos. Para ele, o peso não é importante. Mas para o Inter é. Pretende ganhar três quilos de massa muscular.
– No São Paulo, também me cobravam isso. Para mim, peso não é problema, já aprendi a “apanhar” da marcação dos zagueiros – frisa.
Oscar refuta qualquer comparação com Kaká, também formado nas categorias de base do São Paulo. Ao ser perguntado sobre a quem o seu futebol se assemelha, lembra de outro garoto do futebol brasileiro:
– Acho que tenho o estilo do Ganso (do Santos), de toque de bola rápido e habilidade. No Inter, me assemelho mais ao Giuliano. Gosto de tabelar para tentar deixar o atacante na cara do gol.
O meia é um dos principais jogadores do time para atuar no domingo contra o Corinthians, pela final do Brasileirão Sub-23. Embora não tenha marcado gols na competição, é um tipo de garçom do time, e já conta com seis assistências. Oscar faz a função de Tinga, centralizado, mas também atua pelos lados.
– Troco bastante de função com o Ricardo Goulart e o Marquinhos durante as partidas – explica.
Na primeira partida entre Inter e Corinthians pelo Sub-23, bem melhor para os gaúchos. O Colorado não tomou conhecimento do adversário e goleou por 4 a 0, ainda na fase de classificação – gols de Guto, duas vezes, Marquinhos e Wagner Silva. Desta vez, o time paulista virá reforçado com jogadores como Defederico e Boquita.
– Será bem diferente do que no primeiro jogo. Não poderemos errar – projeta.
Inscrito na pré-lista de 30 jogadores para o Mundial de Clubes, Oscar nutre o sonho que viajar para Abu Dhabi. Sabe que será difícil estar entre os 23, mas se apóia em elogios do professor Celso Roth.
– O Roth tem elogiado minhas atuações pelo Inter B. Já estou quase no meu ideal – afirma. – Quando cheguei ao Inter, estava ansioso para jogar. Por causa do problema no São Paulo, fiquei quase seis meses sem atuar. Agora, estou mais tranquilo. Esse período com o Inter B me deu ritmo de jogo – complementa.
Faltando quatro jogos para o fim do Brasileirão, Oscar ainda tem esperanças de atuar pelo time principal. Principalmente em uma partida em especial, que pode interessar ao Grêmio:
– Sinto que vou ter oportunidades. Pode ser que jogue contra o Botafogo.
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