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 | 07/11/2010 18h

Inter tem problemas no gol e no ataque para Abu Dhabi

Em 2006, equipe colorada fez melhor campanha no Brasileirão

Gustavo Heldt  |  gustavo.heldt@rbsonline.com.br

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O Inter chega às rodadas finais do Brasileirão deste ano com problemas no ataque e no gol para resolver até Abu Dhabi. Em 2006, o Colorado apresentou melhores resultados no período e encerrou sua participação na competição nacional em 2º lugar, atrás do São Paulo.

Tanto em 2006 quanto em 2010, o ano começou mal para o Inter. Na decisão do Gauchão, no primeiro semestre, foi superado pelo Grêmio, que conquistou o Estado. Mas, em ambos os casos, o time se solidificou, apoderou-se da América e chegou com credenciais ao Mundial.

Outra coincidência entre o Inter de 2006 e 2010 é um problema na definição do goleiro. Em 2006, o titular Clemer era contestado por falhas na campanha que levou o Inter à decisão de dezembro. Provou, contudo, crescer nas decisões e foi um dos responsáveis pela conquista colorada.

Neste ano, Pato Abbondanzieri, criticado por atuações irregulares, foi sacado da equipe antes do fim da Libertadores. Devido a erros na repressão dos arremates à meta colorada no Brasileirão, Renan também passou a ser visto com desconfiança. O técnico Celso Roth, então, instituiu um rodízio de goleiros, que começou com o retorno do argentino ao gol contra o Atlético-GO. Lauro será o titular no próximo jogo.

O ano vermelho pode ser dividido em dois: o de Jorge Fossati e o de Celso Roth. O uruguaio foi contratado para comandar o Inter na Libertadores de 2010. O técnico alternou bons e maus momentos no Gauchão, que perdeu para o Grêmio, e levou o time às semifinais da competição continental. Antes do recesso para a Copa do Mundo da África do Sul, foi demitido.

Para o seu lugar, foi chamado o patinho feio dos técnicos gaúchos: Celso Roth, até então sem conquistas nacionais ou internacionais - assim como Abel Braga em 2006. O treinador ajeitou a equipe: venceu o São Paulo por 1 a 0 no Beira-Rio e garantiu vaga na final na derrota por 2 a 1 no Morumbi. Na decisão, o Colorado venceu os dois confrontos com o Chivas Guadalajara e, mais uma vez, sagrou-se campeão da Libertadores da América.

O Inter: antes e agora

Equipe campeã mundial em 2006:

Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Índio e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro, Edinho, Alex (Vargas) e Fernandão (Adriano); Iarley e Alexandre Pato (Luiz Adriano).
Técnico: Abel Braga

Provável time em 2010:

Renan (Abbondanzieri); Nei, Bolívar, Índio, Kleber; Wilson Matias, Guiñazu, Tinga, D'Alessandro; Sobis, Alecsandro (Leandro Damião).
Técnico: Celso Roth.

Na comparação entre as duas equipes, o time de 2006 chegava ao Mundial com melhores atuações no Brasileirão. Mesmo jogando com reservas em parte da competição, chegou ao fim com o segundo lugar, atrás do São Paulo.

Neste ano, o Inter enfrenta uma reta final de dúvidas. Em um campeonato indefinido, o Colorado teve diversas oportunidades para encostar e ultrapassar os líderes, mas se manteve atrás na classificação. Na 34ª rodada, caiu para a 7ª posição, com 51 pontos, ao empatar com o Atlético-GO. Em 2006, na mesma rodada, o time estava em 2º, com 63 pontos.

No gol, Clemer era menos contestado do que Renan. A partir do jogo contra o Atlético-GO, neste ano, Roth instituiu um rodízio de goleiros até o fim do campeonato, o que pode indicar intranquilidade da comissão técnica pelas atuações recentes do titular.

A defesa segue sólida, apesar de apresentar defeitos nas últimas rodadas, como a trapalhada entre Bolívar e Pato Abbondanzieri, em um recuo estranho que resultou gol do Atlético-GO. Credita-se a inconstância de atuações da equipe à falta de foco no Brasileirão.

No meio, Tinga, peça fundamental do time, continua sem jogar, devido a uma lesão. Mesmo assim, deve entrar em campo em Abu Dhabi.Wilson Matias ainda não mereceu o adjetivo de "espetacular", proposto pelo vice-presidente de futebol, Fernando Carvalho, antes de anunciar sua contratação. Guiñazu se mantém estável, aguerrido e configura-se como o pulmão e o sangue do meio-campo. Já D'Alessandro oscila entre lampejos de genialidade e apagões, pois parece se desligar em alguns jogos.

O ataque é a principal deficiência do time de Celso Roth. Em 2006, Fernandão, Iarley e Alexandre Pato se encontravam em grande forma. Hoje, Sobis é uma sombra do que já apresentou com a camisa colorada, e Alecsandro não conta com a aprovação da torcida. Ele se apoia, porém, na preferência do técnico. A julgar por atuações recentes, o jovem Leandro Damião é uma boa opção.

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