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Em entrevista exclusiva ao Grupo RBS na manhã desta quarta-feira, o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, ponderou que, além da já aclamada renovação do grupo do Brasil, era preciso deixar de lado os nomes da Copa da África para "as feridas cicatrizarem". A questão, portanto, foi mais emocional do que técnica. Segundo Mano, a dor da eliminação precoce diante da Holanda, nas quartas de final, poderia contaminar um ambiente repleto de jovens jogadores.

— Penso que os jogadores que foram à Copa tiveram um desgaste maior. E essa tristeza não era saudável levar a um início de trabalho. Essa tristeza é bom guardar um pouco — disse Mano.

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Apesar de optar por atletas menos experientes, Mano não descartou totalmente a convocação de peças fundamentais do Mundial de 2010. O técnico afirmou ter conversado com o goleiro Julio Cesar e os zagueiros Lúcio e Juan, que, mesmo eliminados, saíram fortalecidos da competição.

— Não se exclui ninguém da Seleção. Deixei isso claro para eles — garantiu o técnico. — Alguns vão fazer parte do grupo, sim.

Para Mano, tudo se encaixa num processo "natural". Na visão do comandante, ninguém hoje reclama de viagens longas, nem de esperas intermináveis em aeroportos ou qualquer outra intempérie - o que poderia acontecer com um jogador mais experimentado e ainda vitimado pela derrota na África do Sul.

— Está tudo bom para eles, que são novos — diagnosticou Mano.

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