| 31/10/2010 09h10min
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Eleito quatro vezes o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro, o comentarista de arbitragem do Grupo RBS, Leonardo Gaciba, afirma, em entrevista à Rádio Gaúcha, que Heber Roberto Lopes estava mal posicionado no lance em que Jonas foi derrubado na área do Fluminense, na última quinta-feira. No momento da jogada, o jogo estava 1 a 0 para o Flu, que ampliou mais tarde.
— Foi pênalti claro. O Jonas tem maior velocidade, pega a bola com o peito do pé e é derrubado. O jogador do Fluminense acaba atropelando o Jonas. Heber estava mal colocado na jogada, com um jogador do Fluminense passando na frente dele na hora do pênalti.
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O árbitro encarou a jogada como legítima e deixou que o jogo seguisse. Ao fim da partida, dirigentes e jogadores do Grêmio reclamaram muito. O técnico Renato foi mais longe:
— Ser campeão assim é mole — declarou, na entrevista coletiva.
Gaciba acredita que a arbitragem brasileira está errando mais nos últimos tempos. Para ele, alguns erros são compreensíveis, como o da partida entre Inter e Santos, no sábado. Aos 40 minutos do primeiro tempo, de bicicleta, Nei tirou a bola de dentro do gol, após cabeceio de Edu Dracena. O árbitro considerou que a bola não havia entrado.
— A jogada do Nei a gente pode perdoar, por causa da maneira como o assistente estava colocado e da velocidade do jogo — explica o ex-árbitro.
Mas Gaciba vê a preparação dos juizes e a falta de tecnologia como razões para o aumento de erros em "lances capitais".
— O que eu vejo é que estão aumentando os erros capitais da arbitragem. Aí é questão de treinamento e preparação — afirma. — A arbitragem se baseia em quatro pilares: físico, técnico, psicológico e tático. Os mais importantes, para mim, são o psicológico e o tático. Ler o jogo e prever o que pode acontecer em seguida. Hoje em dia, os árbitros se preocupam mais com o físico. Correm como loucos na jogada. Em alguns lances, é melhor estar distante.
Por fim, ele questiona:
— Por que ainda não trabalhamos com o ponto eletrônico? O que é mais caro: um jogo de rádios de contato ou uma vaga na Libertadores? — conclui o comentarista, em referência às reclamações do Grêmio.
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