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 | 21/10/2010 06h58min

Gremistas enfrentam madrugada fria e passam a noite no Olímpico por ingresso no Gre-Nal

"A mãe e o pai acham loucura, mas não estou nem aí", diz primeiro da fila da bilheteria

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Vale tudo por um ingresso para o Gre-Nal 383. Até mesmo passar 24h em uma fila e aguentar uma madrugada de vento e frio em Porto Alegre. Este é o pensamento de Rafael da Silva Padilha, 20 anos, primeiro a chegar ao Estádio Olímpico na noite de ontem e se instalar junto à grade da bilheteria localizada na Avenida Carlos Barbosa. Às 21h ele iniciava um grupo que, na manhã desta quinta-feira, já ultrapassava o Largo dos Campeões.

— É meu time do coração, né? Se não fizesse isso ia ficar sem ingresso — resume Padilha, que aguarda o início da venda de ingressos, às 9h.

Sentado em uma cadeira de praia e com um cobertor para suportar os 10ºC da madrugada, o jovem viu chegar, ao longo da noite, outros torcedores que, como ele, apostam em uma vitória gremista para chegar ainda mais perto de uma vaga à Libertadores de 2011.

Desempregado, reservou do seguro-desemprego os R$ 40 do bilhete e deixou avisado em casa que demoraria para voltar quando deixou Gravataí, no final da tarde de ontem.

— A mãe e o pai acham loucura, mas não estou nem aí — diz o gremista.

Definindo o Gre-Nal como um "Mundial à parte", aposta em dois gols de Jonas e um de Júnior Viçosa para manter viva a flauta ao rival para a eventualide de o Inter se dar bem em Abu Dhabi, em dezembro.

— Eu prefiro que o Grêmio ganhe o Gre-Nal. Eles podem ganhar o Mundial, mas nós ainda mandaríamos no Rio Grande. Deixa eles irem lá e levar pau da Inter de Milão — conclui o gremista.

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