| 14/10/2010 09h23min
O ano seguinte ao hexa é marcado pelo desequilíbrio. Fora de campo, brigas políticas, problemas disciplinares e páginas policiais. Dentro dele, desarmonia entre os setores. No primeiro turno do Brasileiro, a zaga era o ponto alto e o ataque a deficiência. Agora, na reta final da competição, os papéis se inverteram.
Alvo de críticas de toda ordem, o ataque melhorou consideravelmente. Na primeira parte do Brasileiro, marcou 14 gols, em 19 jogos, obtendo pífia média de 0,7 gol por partida. Já nos 10 jogos disputados no segundo turno, o Rubro-Negro balançou 16 vezes redes adversárias (média de 1,6 por jogo).
Até Val Baiano desencantou. Nas últimas duas partidas, marcou três vezes. E, apesar de o ano já se aproximar do fim, o setor ofensivo ainda está em construção. Deivid, contratado a peso de ouro para substituir Adriano, longe de seus melhores dias, foi para o banco.
Diogo, lesionado, é dúvida. Já Diego Maurício surge forte para aumentar a disputa por uma vaga no ataque. Se o desempenho ofensivo aumentou, o defensivo foi o ponto negativo. Na primeira fase, o Rubro-Negro sofreu apenas 15 gols, nos 19 jogos disputados, média de 0,8 por partida. Já nos 10 jogos do segundo turno, o Flamengo sofreu 17 gols (média de 1,7 por jogo). Ainda no primeiro turno, o Rubro-Negro levou mais de um gol somente em três jogos. Já no segundo, o clube da Gávea foi vazado mais de uma vez em seis ocasiões.
Apesar da frieza dos números apontarem para o contrário, Renato não enxerga o Flamengo desequilibrado. Para o apoiador, o time encontrou uma forma de jogar e a evolução já começou a ser sentida dentro de campo.
– Acredito que não temos muito a melhorar. Todos os setores da equipe estão bem. Não podemos analisar por partes. O time é um todo. Todos ganham e todos perdem juntos. Não é só o pessoal lá da frente que tem a obrigação de fazer gols. Assim como não é só o pessoal de trás que tem a obrigação de marcar – explica Renato.
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