| 11/10/2010 07h10min
O técnico Mano Menezes deve escalar o corintiano Elias para o amistoso com a Ucrânia, marcado para as 15h45min (horário de Brasília) desta segunda na Inglaterra. Em entrevista coletiva, no domingo, o treinador justificou a escolha afirmando que a equipe precisa de uma melhora na criação.
– Precisamos ter mais armação. Temos que variar o posicionamento e chegar rápido na frente. É importante ter posse de bola. Quero sempre o controle do jogo. Pois assim fica fácil executar o que é trabalhado – disse o treinador.
Para colocar Elias, Mano vai sacar o meia Philippe Coutinho, da Inter de Milão. Ele disse não ter tido uma conversa específica com o ex-vascaíno sobre a alteração.
– Não é necessário no futebol ter tantas conversas quanto se imagina. Não tive nenhuma para colocá-lo no time, não é preciso falar na hora da saída. Para nós que trabalhamos no futebol, isto é absolutamente naturalmente – declarou.
O discurso de Mano Menezes é progressivo. Disse que o Irã era mais difícil que os Estados Unidos e que a Ucrânia é o mais forte adversário até agora. Depois virá a Argentina em novembro. Nem é preciso perguntar. Para o já muito comentado clássico sul-americano em Doha no dia 17 de novembro cogita-se a possibilidade de Mano buscar alguns jogadores que estiveram na Copa, mas que não foram chamados ainda como Júlio César, Maycon ou Lúcio. Neymar é outro que deve estar na lista.
– Não será o início de uma nova etapa, mas é um jogo de família diferente. É outro patamar de adversário, vai exigir muito mais. A rivalidade dá uma importância maior. A base da equipe que enfrentará a Argentina está aqui, o que pode é mudar algum detalhe, um que outro jogador que pode estar mais preparado para este tipo de jogo.
O treinador comentou o fato de convocar jogadores fisicamente mais frágeis que os das equipes europeias. Para ele, os brasileiros têm qualidade para usarem a velocidade e escaparem do choque com os rivais.
– As equipes mais leves tendem a sofrer mais contra os europeus, mas cada um joga com as armas que tem. Se você não pode propor um confronto físico, tem de ser mais inteligente para fugir dele e evitar o choque. Quero sair do jogo de contato, precisamos ter velocidade, um ou dois toques, negando a bola aos adversários. A equipe tem qualidade técnica para fazer isso – afirmou.
O treinador também fez uma brincadeira com uma expressão folclórica do futebol brasileiro: "O Brasil tem 190 milhões de treinadores".
– Acho que estamos diminuindo um pouco o número de técnicos que temos no Brasil. Pelo menos os clubes brasileiros estão encontrando dificuldades para contratar bons treinadores.
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