Faltam dez jogos para o fim do campeonato e Jonas tem 17 gols, contando os três de ontem sobre o Prudente, no Olímpico.

O maior goleador da era dos pontos corridos é Washington, com seus 34 marcados em 2004, pelo Atlético-PR. Este vai ser difícil alcançar. É uma marca impressionante.

Mas tem o seguinte: se Jonas for artilheiro isolado deste Brasileirão, terá sido o primeiro em 107 anos de clube. E o maior do Grêmio em todos os tempos. Explico.

Paulo Nunes e Rodrigo Fabri foram goleadores em 1996 e 2002, mas dividiram a honraria com Renaldo (Atlético-MG) e Luís Fabiano, hoje no Sevilla, à época no São Paulo. Jonas, ao que tudo indica, será artilheiro sem ninguém ao lado. Na vitória por 4 a 0 de ontem, abriu seis de vantagem sobre Bruno César, do Corinthians.

Jonas será consagrado este ano, também, o maior artilheiro do Grêmio em única edição de Campeonato Brasileiro. Em 2002, Rodrigo Fabri marcou 19 gols. Faltam só dois para Jonas alcançá-lo. Três para chegar ao nirvana azul. Em 2004, Cláudio Pitbull também cravou 19, mas perdeu longe para os 34 de Washington.

Só há uma maneira de o ex-farmacêutico de Taiúva, interior paulista, que se tivesse passado por categorias de base seria ainda melhor, não esculpir o nome no panteão tricolor: em caso de lesão.

Mas o raio não há de cair duas vezes no mesmo lugar. Aconteceu no ano passado, não se repetirá neste. Então: Jonas será artilheiro e o maior goleador do Grêmio em um Brasileirão em todos os tempos.

Daí para ser convocado por Mano Menezes é um pulo.