Se para a presidência o sonho da candidatura única da situação persiste, no Conselho Deliberativo o racha está consumado.

Os movimentos de Giovanni Luigi (Inter Grande) e Pedro Affatato (União Colorada) vão para o confronto, a menos que haja mudança repentina aos 47 do segundo tempo.

É a primeira fratura exposta da aliança desde o acordo que pacificou o clube e sedimentou o terreno para a fase de grandes títulos a partir da virada do milênio.

O Inter Grande de Luigi, Fernando Carvalho, Roberto Siegmann e Vitorio Piffero terá o apoio do Coração Colorado, de Luiz César Souto Moura.

O União Colorada, de Affatato, Ibsen Pinheiro e do presidente do Conselho Luiz Antônio Lopes Neto contará com o reforço do Ação Independente Colorada, do 2º vice do clube Mário Sérgio Martins.

Antes, os quatro grupos estavam unidos numa só voz no Conselho. Agora, é dois para lá, dois para cá.

Serão renovadas 150 vagas, a metade. Para eleger representantes no colegiado, as chapas terão que ultrapassar a cláusula de barreira: 15% do total de votos válidos. O primeiro turno da eleição presidencial é só entre conselheiros. Quem passar ao segundo turno disputará a preferência dos sócios (60.455 estão aptos a votar).

Carvalho está em silêncio, mas ficará publicamente ao lado de Luigi caso o consenso — obsessão sua e de Piffero — não aconteça.

A possibilidade de Piffero adotar a condição de magistrado, sem apoiar ninguém, foi sugerida. Eleito pelos quatro movimentos, o presidente lavaria as mãos diante da briga Luigi x Affatato.

Está mesmo difícil de erguer o prédio da unidade no Beira-Rio.

 

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