| 04/10/2010 19h49min
O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, foi suspenso por dois jogos pelo STJD por ter demorado a deixar o banco de reservas após ser expulso pelo árbitro José Henrique de Carvalho, no dia 19 de setembro, válido pela 23ª rodada do Brasileirão.
O árbitro relatou também uma ofensa ouvida pelo bandeirinha Emerson Augusto de Carvalho na súmula do jogo, mas o treinador foi absolvido desta acusação. As denúncias contra Felipão foram pelo artigo 258 Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), assumir qualquer conduta contrária à disciplina e reclamação. Ambos preveem suspensão de uma a seis partidas. Com isso, o treinador poderia pegar até 12 jogos de suspensão. Felipão não compareceu ao tribunal, mas mandou um depoimento em que explicou sua ausência e disse não ter entendido sua expulsão.
— Fui apenas falar para o meu jogador que o árbitro tinha que dar os onze passos para contar a barreira e acabei expulso por isso — disse, no depoimento.
O advogado do Palmeiras, José Mauro Filho, apresentou a defesa do técnico dizendo que nenhum dos repórteres de campo ouviu os xingamentos de Felipão.
O relator do processo, Wagner Madruga do Nascimento, elogiou a defesa, mas viu infração do treinador ao demorar a deixar o campo e pediu a aplicação de suspensão de um jogo.
Após alguns auditores discordarem da punição do relator e pedirem uma punição de dois jogos para Scolari, o Presidente do STJD, Henrique Dominici, decidiu que o treinador deveria pegar a suspensão maior e decretou a punição do treinador. O presidente lamentou o comportamento de Felipão, que demorou quatro minutos para sair do banco após a expulsão, e afirmou que, por ser muito experiente, o treinador deveria servir de exemplo para os outros.Com isso, Scolari não poderá comandar o Verdão do banco de reservas nas partidas contra o Avaí e contra o Botafogo.
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