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 | 01/10/2010 18h48min

Serra minimiza ausência de confronto direto com Dilma em debate

Tucano disse que os temas sorteados o fizeram optar por perguntar a outros candidatos

Nos momentos finais da campanha eleitoral, o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra repercutiu o debate promovido na noite de quinta pela TV Globo. Em caminhada realizada no centro de Osasco (SP), Serra avaliou que as discussões foram boas de forma geral, mas lamentou que o formato do programa seja sempre engessado.

— Não dá para ser de outra maneira. Algumas vezes você não consegue perguntar na hora que quer ou responder e esclarecer alguma coisa, mas dentro dessas limitações foi um bom debate.

O tucano diz ter gostado do "clima do debate e o fato de não ter surgido nada mais azedo, embora as coisas tenham sido tidas com bastante franqueza".

Serra ponderou que principal adversária, Dilma Rousseff (PT), que teve três oportunidades para lhe fazer perguntas diretamente, mas não o fez.

— Eu tive uma (oportunidade), mas esta uma veio por sorteio com tema predeterminado que eu preferi, no caso, perguntar para outra pessoa — disse. 

Para o candidato, o nível da campanha foi bom, exceto pelos episódios de violação do sigilo fiscal de sua filha Verônica. Serra lamentou a quebra do sigilo de Verônica e não falou sobre a violação do sigilo de outros tucanos. Ele voltou a responsabilizar setores do PT pela quebra do sigilo.

— Tirando a violação de intimidade de família, tirando essas coisas, eu diria que foi bom, mas infelizmente ocorreram esses episódios muito desagradáveis, principalmente vindo de parte do PT — afirmou.

Serra também aproveitou a oportunidade para defender "uma administração de mãos limpas" no governo federal.

— Acima de tudo, precisamos de um governo e uma administração de mãos limpas.

Serra pediu ainda que seus eleitores aproveitem o sábado para conversar com familiares, colegas e amigos e pedir o voto para sua candidatura.

— A reta final é agora, as minhas propostas são conhecidas na área de saúde, segurança, educação e emprego. O Brasil precisa de uma economia forte para manter e ampliar a oferta de emprego. Agora é a hora final, é hora de trocar ideias, iluminar as mentes e os corações das pessoas para um bom voto.

Na caminhada pela calçadão de Osasco, os correligionários de Serra encontraram com cabos eleitorais do PT que faziam campanha para o candidato a deputado estadual Marco Martins, do PT. Os petistas provocaram os tucanos, atravessando o calçadão com um dragão chinês, com imagens do candidato, de Dilma, do presidente Lula e do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante. Apesar das provocações, não houve confronto direto entre os grupos.

Agência Estado
 

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