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 | 02/09/2010 09h09min

Felipão: "Não vou mais dar uma de inventor"

Técnico lembra derrota em casa ao afirmar que não pretende mais alterar a defesa do Palmeiras

Depois de conseguir quatro pontos em dois jogos fora de casa, contra Atlético-MG e Fluminense, o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, avisou que não mexerá no esquema defensivo do Palmeiras para a partida de domingo, diante do Cruzeiro, no Pacaembu. Na última vez em que alterou a formação, viu a equipe levar 3 a 0 do Atlético-GO.

– No dia em que inventei nova formação, tomei três. Não vou dar mais uma de inventor. Vou devagar, com os pés no chão. Quando a gente tiver um Valdivia melhor, ele está 60%, quem sabe eu solte mais a minha equipe. Neste momento, a equipe que vai jogar com o Cruzeiro é aquela normal, com três zagueiros, Fabrício saindo pela esquerda. Não quero mais tomar três – destacou.

No segundo tempo contra o Fluminense, Felipão lançou os atacantes Luan e Ewerthon para buscar o empate em 1 a 1 no fim.

– É uma das armas que podemos ter. À medida que damos condições ao Valdivia, Kleber, entrosando os outros, nós vamos crescendo e aí podemos ter um time equilibrado e correr mais riscos – analisou Scolari.

Técnico elogia entrega

Felipão vinha reclamado muito da irregularidade da equipe durante as partidas. Já após o empate contra o Fluminense, nesta quarta, o treinador cumprimentou cada jogador no gramado. No vestiário, ele elogiou a dedicação do elenco na partida e acredita que o time pode subir na competição.

– É normal que eu agradeça a meus jogadores. Vendo a entrega deles, tenho de elogiar e parabenizar. O grupo está se superando. Estamos em sétimo, oitavo, nono... Quem sabe com duas vitórias seguidas chegamos ao grupo da frente, que briga pela Libertadores – disse.

Apesar de achar que o Palmeiras ainda precisa melhorar, Scolari acredita que o time teve uma evolução e fez uma boa partida diante do líder da competição.

– Foi um jogo muito bom pela qualidade do Fluminense, que é fantástico e trabalha bem a bola. O Palmeiras jogou de igual para igual, igualou na força, na superação... Acho que o Palmeiras já atinge um razoável nível de regularidade, mas nos falta muito. Estamos no caminho, mas ainda longe dos outros – declarou.

Reclamações da arbitragem

O técnico vem se contendo ao reclamar da arbitragem, mas não aguentou durante a entrevista coletiva após o empate no Maracanã. Ao ser questionado sobre o assunto, procurou evitar declarações polêmicas envolvendo a arbitragem, mas depois não se conteve e começou citando um possível rodízio de faltas em Kléber e Valdivia, sem que nenhum jogador do Fluminense fosse advertido com cartão amarelo.

– Não houve deslealdade, houve um rodízio que foi permitido. Primeiro bate o jogador A, depois o B, o C, aí quando chega no X para e começa de novo e nenhum jogador deles é punido, só os nossos.

Depois, mostrou-se insatisfeito não só com os critérios em campo, como também fora dele. Felipão voltou a reclamar das punições que se pode receber devido a declarações sobre a arbitragem.

– Pedimos superação dos jogadores, mas eles chegam revoltados com a arbitragem no vestiário. Não podem dizer o que pensam que são suspensos por 3 mil anos, aí só Jesus para te salvar.

Por fim, declarou que os jogadores seguem proibidos de dar entrevistas depois dos jogos.

– Não vou querer arrumar confusão dentro do vestiário. Se daqui a dois, três ou seis meses eles estiverem domesticados e não houver quebra de disciplina no vestiario, pode ser.

Questionado sobre ter "dedicado" o gol no fim ao quarto árbitro, Felipão respondeu:

– Eu dediquei com os olhos. Vocês conhecem bem minha forma de agir. Tem alguns lances que são absurdos. A barreira no fim do jogo, qualquer pessoa via que estava a sete metros. Mas o árbitro não quis marcar os 11 metros, porque sabe que o Assunção tinha chance de fazer o gol. É um árbitro novo, foi razoável no jogo. Mas tem de corrigir coisas no sentido de faltas, cartões amarelos. Acontecem cinco faltas no mesmo jogador, alguém tem de ser punido. Achei que poderíamos ser poupados de passar por isso no jogo – analisou o treinador.

LANCEPRESS
 

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