| 17/08/2010 06h11min
Bolívar e Reynoso, belisquem-se. Um ou outro poderá experimentar um momento para a eternidade na noite de amanhã, quando o mundo conhecerá o novo campeão da Libertadores.
Pelé poderá entregar a taça ao novo mandatário da América.
Isso mesmo: PELÉ.
As mãos do Rei tocariam a taça, que daí seria entregue a um dos dois capitães, do Inter ou do Chivas.
Não está garantido que isso vá acontecer, bem entendido.
O mistério é uma prática na vida das celebridades, até por questões de segurança. E, no caso, não se trata de UMA celebridade, mas A celebridade.
O certo é que só o mistério já é suficiente para elevar aos céus o ambiente encantado da final.
Repare a reação de Fernando Carvalho, um homem que viveu emoções de toda espécie no futebol, embora as de alegria a cada ano abram vantagem sobre as de dor.
— É mesmo? O Pelé? Puxa...
O maior jogador de todos os tempos, como se sabe, tem contrato com o Banco Santander, um dos patrocinadores oficiais da Libertadores. O grupo espanhol lançará uma mega campanha publicitária em Porto Alegre.
O Inter sonha vesti-lo de vermelho de alguma forma, como ação de marketing e boas-vindas à Sua Santidade, mas sabe que não será fácil.
É raro ver Pelé com outra camiseta, afora a da Seleção, que não seja a do seu Santos. Quem sabe ligando o Beira-Rio à Copa de 2014, e aí entraria o Brasil como inspiração em vez de apenas o clube.
De qualquer forma, só o fato de garantir Pelé como convidado ilustre no Beira-Rio já é um gol de placa dos organizadores desta final. Se Ele entregar mesmo a taça ao campeão, o ungido pode encerrar a carreira ali mesmo.
Nada pode ser maior do que conquistar o direito de dizer aos netos: "eu recebi uma taça das mãos de Pelé".
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