| 23/07/2010 07h58min
A ameaça de um novo rebaixamento já assusta os torcedores do Grêmio, ainda que o Brasileirão esteja longe do final. Ao protesto das arquibancadas soma-se, agora, o de ex-dirigentes, que pedem solução imediata para evitar desastres como os de 1991 e 2004.
É o caso do ex-presidente Paulo Odone, que assumiu em 2005 com a missão de levar o clube de volta à Série A.
— A situação é grave. Não dá para ficar achando que tudo está bem. Só se resolve um problema desse tamanho com muito pulso — entende Odone.
Lembrado pela oposição para concorrer a um novo mandato, o ex-presidente adianta que não assumiria, “em hipótese alguma”, na segunda divisão, pelo desgaste vivido cinco anos atrás. Avisa que a decisão quanto a concorrer só será tomada após avaliar o quadro político. E considera simplista a mudança de treinador.
— Em 2005, me doeu muito ter que afastar De León, uma figura maravilhosa. Mas era necessário. Por outro lado, apesar das pressões, mantive Mano Menezes após o 4 a 0 para a Anapolina — recorda.
Presidente entre 1997 e 1998, Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, entende que há tempo de sobra para uma recuperação. Ainda assim, quer providências imediatas.
— Não dá para ficar esperando. O importante, neste momento, é parar de perder jogos. Só assim técnico e jogadores irão recuperar a confiança — acredita.
Foi o que ocorreu em 1998, sob sua presidência. Lanterna do Brasileirão, o Grêmio trocou Edinho por Celso Roth. Depois de cinco empates e uma derrota, iniciou uma sequência de vitórias que o levaria às quartas de final da competição.
— Precisamos de volantes protetores da zaga, os nossos saem todos. Depois, é só jogar no contra-ataque — recomenda Cacalo.
Decisivo na eleição de Duda Kroeff, o ex-presidente Fábio Koff diz estar distante do clube. Por isso, afirma não ter elementos para avaliar o trabalho de Silas, por desconhecer o atual vestiário.
— Estive viajando muito. Daqui a pouco as coisas começam a melhorar — confia.
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