| 02/07/2010 21h31min
Com medo de Bruno, amiga de Eliza deixa Santos Quatro dias depois de comparecer espontaneamente ao 2º. Distrito Policial de Santos para contar o que sabia da relação conturbada entre o goleiro do Flamengo Bruno e a estudante Eliza Samudio, de 25 anos, a amiga da mulher desaparecida deixou a cidade, com medo de sofrer perseguições, seja da mídia ou a mando do próprio jogador.
O jogador está sendo investigado num inquérito que apura o sumiço da jovem mineira, com quem teria um filho de quatro meses, fruto de relação extraconjugal. A família da testemunha não quis revelar o paradeiro da moça, que tem 35 anos, afirmando apenas que ela está a mais de oito horas de distância da Baixada Santista e praticamente incomunicável.
A amiga de Eliza compareceu à delegacia na última segunda-feira, acompanhada do pai, e durante cerca de meia hora falou o que sabia ao delegado titular do 2º. DP, Luis Eduardo Fiori Maia, que, na ocasião, afirmou apenas ter colhido o depoimento e o encaminhou por fax à polícia de Minas Gerais.
Ele informou à imprensa que não poderia dar mais informações sobre o caso, pois não estava à frente das investigações. Em sua declaração à Polícia Civil, a testemunha revelou que conheceu Eliza há um ano e meio, por intermédio de uma conhecida em comum.
As três moraram juntas em um apartamento em São Paulo e naquela época, Eliza já estava grávida. Ela contou às colegas que o pai da criança era Bruno e que havia se mudado do Rio de Janeiro para São Paulo, após o goleiro ter proposto um aborto.
A testemunha também informou à polícia que ouviu o goleiro Bruno ameaçando Eliza de morte mais de uma vez em ligações telefônicas. Ela revelou ainda que, além do jogador do Flamengo, amigos dele, identificados como China e Marcelo, costumavam telefonar e perguntar o endereço, alegando que pretendiam enviar recursos materiais a pedido do goleiro.
Entretanto, segundo a amiga de Eliza, jamais foi revelado o endereço onde elas moravam. Em janeiro, a santista deixou o apartamento e em fevereiro, com o nascimento de Bruninho, a moça de 25 anos retornou ao Rio. De acordo com a testemunha, a última conversa entre elas foi dia 5 de junho, por volta das 19h.
Eliza a telefonou de um aparelho que não era seu, informou que estava em Minas Gerais com o filho "resolvendo algumas coisas", e que não estava encontrando seu próprio celular. Três horas mais tarde, a mulher recebeu outra ligação do mesmo aparelho, desta vez de alguém que queria saber quem ela era, mas ela não se identificou.
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