| 02/07/2010 05h39min
Na manhã de ontem, o advogado carioca Michel Assef Filho, 34 anos, desembarcou em Contagem (MG) para cuidar dos interesses de Bruno no inquérito que apura a participação do goleiro do Flamengo no sumiço de Eliza Samudio. Por telefone, falou com Zero Hora:
Zero Hora – Com está o seu cliente?
Michel Assef Filho – Aguardando a sequência das investigações. Está tão apreensivo como a polícia. E ansioso pelo aparecimento dela (Eliza).
ZH – Como ele explica a presença do bebê no sítio?
Assef – Ele sustenta a versão já dada. Ela deixou o bebê com uma amigo dele, o Macarrão (Luiz Henrique Ferreira Romão, 24 anos), a pessoa que mais se relacionava com ela.
ZH – Vocês trabalham com a possibilidade da Eliza ter armado seu desaparecimento?
Assef – Bruno falou comigo que pensou que o sumiço dela fosse uma armação, logo depois que ela deixou o bebê. Mas quando a polícia entrou no caso, ele começou a se preocupar com o episódio.
ZH – Bruno é casado. Qual a influência que tem no caso o fato da relação dele com a Eliza ter sido extraconjugal?
Assef – Apesar de ser casado, na época dos fatos, ele estava separado. Posteriormente, o Bruno reatou as relações com a mulher dele.
ZH – O pai de Eliza está oferecendo uma recompensa de R$ 5 mil para quem auxiliar a polícia a localizar a filha. Essa iniciativa pode ajudar ou prejudicar Bruno?
Assef – A iniciativa é ótima. Se ela aparecer, tudo será resolvido.
ZH – Samudio também disse que não espera encontrar a filha viva. Qual o peso de uma declaração dessas no caso?
Assef – Não tenho nem ideia. Mas digo que no momento em que a polícia começou a levantar essa hipótese, o Bruno ficou muito preocupado.
ZH – Como a repercussão do caso afeta o seu cliente?
Assef – Ele está sendo prejudicado. Ele não pode treinar com o time. Não se arrisca sequer a andar na rua. Vai de casa direto para treino.
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