| 01/07/2010 15h43min
Pela primeira vez na Copa do Mundo, a Seleção Brasileira terá de enfrentar buracos do gramado, além do adversário. A menos de 24 horas do início da partida entre Brasil e Holanda, funcionários do Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, tentam "maquiar" os problemas do campo, que está irregular.
Desde o início da semana, o trabalho é constante para minimizar os defeitos. A Fifa ainda não se pronunciou oficialmente a respeito e impede os funcionários de falarem sobre o assunto. A reportagem do LANCENET! chegou à beira do campo, fez fotos e foi repreendida.
— Pode sair. Não é permitido tirar fotos aqui — ameaçou um dos funcionários.
Oito homens trabalhavam na área que fica à esquerda das cabines de televisão. Com baldes recheados de grama, eles as jogam nos buracos e pisam, tentando mascarar as falhas. Máquinas com rolos também são utilizadas.
Preocupada com o gramado, que foi piorando ao longo da competição, a Fifa tomou algumas atitudes: os refletores do Mandela Bay ficaram 24 horas ligados, com a intenção de evaporar o excesso de água do gramado. O clima da cidade tem prejudicado o campo. Dois especialistas ingleses também foram contratados.
Brasil e Holanda foram vetados de treinar no estádio na véspera da partida. A medida já foi adotada nos últimos três jogos da Seleção. A equipe de Dunga só trabalhou no campo na véspera antes da estreia, no Ellis Park. A preservação do gramado também foi desculpa no Soccer City, em Johannesburgo, e no Moses Mabhida, em Durban.
Uruguai e Coreia do Sul já reclamaram do gramado no último domingo. A partida desta sexta será a sétima no Mandela Bay.
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