| 22/06/2010 17h22min
Poderia ter sido menos sofrido, mas a Coreia do Sul conseguiu sua classificação às oitavas de final com um empate diante da Nigéria, por 2 a 2. Expondo em demasia a sua defesa, os sul-coreanos por pouco não permitiram a virada nigeriana, depois de estar vencendo por 2 a 1.
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A passagem ao próximo nível do Mundial teve a ajuda da Argentina, que venceu os gregos por 2 a 0. Caso a Grécia conquistasse os três pontos, a Coreia do Sul estaria fora da oitavas. A Argentina terminou como a líder do Grupo B, com nove pontos. Coreia do Sul ficou com quatro, Grécia, três, e a Nigéria fechou sua participação com um ponto ganho. O time asiático enfrenta o Uruguai na fase seguinte.
Início movimentado
A Nigéria só poderia sonhar com a vaga se vencesse. Mesmo assim, a Coreia do Sul começou melhor, com boas trocas de passes no meio. Em oito minutos, duas finalizações dos asiáticos. Foi exatamente neste bom momento coreano que a Nigéria fez o primeiro gol, aos 12 minutos. Odiah surgiu na linha de fundo, cruzou com força por baixo e o lateral Duri não notou a presença de Uche às suas costas. Erro fatal e Nigéria 1 a 0.
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A superioridade coreana foi por terra com o gol inaugural dos nigerianos, que, mais do que nunca, apostaram na famosa velocidade do time. Em contragolpes perigosos, acertaram até uma bola na trave, com o mesmo Uche, aos 35 minutos. Com duas rígidas linhas de quatro, os nigerianos só eram assediados pela habilidade de Park Ji-Sung, que flutuava entre a linha de zagueiros e a linha de meio-campistas. Com infiltrações precisas, os atacantes coreanos chegaram três vezes com real perigo. Quando não eram travados pelos defensores, encontravam o paredão chamado Enyeama.
Nigéria abusa nas faltas e é punida com gol
Park aproveitava sua movimentação para abrir o jogo em algumas ocasiões. Apesar de as jogadas pelas pontas terem sido pouco frutíferas para os coreanos, elas renderam faltas perigosas, graças ao jogo truculento dos africanos. Numa dessas faltas, aos 38 minutos, o cruzamento viajou por toda a área e encontrou o pé direito de Jung-Soo, que fizera gol semelhante contra a Grécia. Jogo empatado e ajustado ao que foi apresentado no primeiro tempo. Duas propostas diferentes, mas com seus momentos de sucesso.
Bola parada coreana decide de novo
Os coreanos voltaram ao gramado de Durban podendo empatar para se classificar já que Grécia e Argentina se igualavam num 0 a 0 em jogo simultâneo. Mesmo assim, a Coreia do Sul não abdicou do ataque. Em mais uma falta perto da área, logo aos 3 minutos, Chu Young cobrou com perfeição, no contrapé de Enyeama. 2 a 1. No total, foram 22 faltas feitas pela Nigéria contra 11. Melhor para os coreanos, que aproveitaram duas chances em bola parada.
Os nigerianos foram obrigados a desmanchar suas armas defensivas, a virada era o único meio de se classificar. Os espaços para o coreanos apareceram, mas as chances não foram convertidas. No melhor momento do time asiático, foi a Nigéria que conseguiu uma boa jogada de flanco, mas Ayegbeni perdeu o gol sem goleiro - a chance mais clara da Copa até então.
Coreia segue no ataque, e Nigéria cresce
Mais do que um susto, o lance chegava como um aviso: a Coreia do Sul, em vez de atacar sem resguardos, deveria moderar as suas investidas e valorizar o resultado. Então, Nam Il, um meio-campista, entrou no lugar do avante Ki Hun. E justo o novato em campo cometeu um pênalti infantil, quatro minutos depois de pisar no gramado. Ele protegeu mal a bola e, surpreendido por Obasi, recorreu a um grosseiro carrinho. Aos 24, Ayegbeni se redimiu do gol incrível que perdera e deixou tudo igual: 2 a 2.
Os sul-coreanos seguiam atacando, usando os flancos agora desprotegidos de uma Nigéria ávida por mais um gol - que a classificaria. Martins e Obinna, dois jogadores de frente, entraram para infernizar a defesa asiática. Obinna foi especialmente perigoso. Perto dos acréscimos chutou duas bolas venenosas. Mas foi Martins, aos 34 minutos, que perdeu a chance mais clara da virada. Em contragolpe, o avante, cara a cara com o goleiro, roçou mal na bola, que saiu desviada.
Enquanto isso, em Polokwane, os argentinos definiam sua vitória sobre os gregos por 2 a 0. Melhor impossível para os asiáticos pressionados em Durban.
Depois do sufoco, o Uruguai
Durante a pressão nigeriana, a Coreia do Sul teve seus bons momentos ofensivos, sempre liderados por Park Ji-Sung. Estava claro, todavia, que não precisavam ter atacado tanto já que o empate lhes era benéfico e suficiente para enfrentar o Uruguai mais adiante. Foi sofrido, dramático, mas, se a equipe asiática cuidasse com mais afinco da defesa, a ida para as oitavas seria uma travessia bem mais tranquila para o virtuoso time sul-coreano.
Gols: Uche, aos 12 e Lee Jung-So, aos 38 minutos do primeiro tempo; Park Chu-Young, aos 4 e Ayegbeni, aos 24 do segundo tempo. Cartões amarelos: Enyeama, Obasi, Ayila (NIG) Estádio: Moses Mabhida (Durban). Data: 22/06/2010. Árbitro: Olegário Benquerença (POR), auxiliado por José Cardinal (POR) e Bertino Miranda (POR) |
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NIGÉRIA (2) | COREIA DO SUL (2) |
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Enyeama; Odiah, Yobo (Echiejile), Shittu e Afolabi; Ayila e Etuhu; Obasi, Kanu (Martins) e Uche; Ayegbeni (Obinna). | Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Lee Jung-So (Kim Nam Il), Cho Yong-Hyung e Lee Young-Pyo; Kim Jung-Woo e Ki Sung-Yueng (Kim Jae Sung); Lee Chung-Young e Park Ji-Sung; Park Chu-Young e Yeom Ki-Hun |
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