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 | 17/06/2010 17h20min

Em jogo de poucas chances, México cria mais e vence a França por 2 a 0

Hernandez e Blanco saíram da reserva para marcar os gols em Polokwane

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

No confronto entre um time insinuante e bem armado contra uma equipe sem soluções ofensivas, a primeira levou a melhor. O México venceu a França por 2 a 0 no estádio Peter Mokaba, em Polokwane, e lidera o grupo A junto com o Uruguai, com quatro pontos cada.

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Ambos se enfrentam na última rodada e podem empatar que seguem de mãos dadas rumo às oitavas. Já a França só não é lanterna da chave porque o seu próximo oponente, a África do Sul, levou mais gols.

México começa melhor, França corre atrás

O México prometia manter a ambição ofensiva registrada contra a África do Sul. Prometeu e cumpriu. Com Dos Santos, Franco e Vela, os mexicanos chegavam com força. Havia pouco trabalho de articulação no meio, mas o ataque colecionava boas investidas graças aos lançamentos precisos de Rafa Marquéz. Assim, os três homens de frente enlouqueceram os franceses no início do jogo. Em 10 minutos, dois chutes perigosos. Outra boa opção foi o bom lateral Salcido, que chegou a chutar duas vezes. Uma delas, aos 26 minutos, costurou a zaga dos Bleus e só parou nas mãos de Lloriz.

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Aos poucos, a França começou a atacar, sempre pela esquerda, em tramas de Ribéry e Malouda. Anelka, em noite infeliz, não fazia nada na frente e ainda atrapalhava quando ia buscar o jogo. A zaga mexicana era mais eficiente no combate direto, e a dupla perigosa da França só conseguiu concluir com alguma consequência de longe da área.

Em lance de ataque, o atacante Vela se machucou e deixou o campo, ainda na etapa inicial. Barrera entrou em seu lugar, mas não acompanhou o ritmo. Da metade para o fim do primeiro tempo, a França cresceu, principalmente após liberar o volante Diaby para ajudar os meias bem marcados. Mesmo assim, nada de boas chances. A França era um deserto em termos ofensivos.

Gols saem do banco

No segundo tempo, Anelka saiu, mas Henry seguiu na reserva, bem agasalhado, uma vez que fazia 4ºC em Polokwane. Quem entrou foi Gignac, que manteve a sina da França de não conseguir entrar na área mexicana com real perigo. Mesmo assim, liderado por Ribéry, que fazia a diagonal e buscava sempre Malouda, o time chegou algumas vezes. Os chutes foram ruins e o goleiro Pérez, mesmo sendo o menor arqueiro da Copa, os defendeu com sobras.

A produção ofensiva francesa não melhorou muito, mas o México deixou de assustar com a diminuição da distância entre a zaga e o meio-campo francês. Com isso, vetaram-se os lançamentos dos volantes mexicanos neste setor, que estava bem espaçado no primeiro tempo.

Rafa Márquez, o garçom

Mas os franceses não contavam com a inspiração de Rafa Marquéz. Se não dava para lançar no pé dos avantes, ele jogou a bola à frente, por trás dos zagueiros, abusando da velocidade dos mexicanos. E assim deixou Hernandez, que entrara no segundo tempo, na cara do gol. Ele driblou o goleiro e finalizou: 1 a 0, aos 18 minutos.

Se a a falta de força ofensiva francesa era gritante antes da desvantagem, depois piorou. O México tocou bem a bola e apostou em bolas bem abertas para Barrera, que se achou no jogo depois de fixado na ponta direita. Deste modo, saiu o pênalti. Ele foi derrubado infantilmente por Abidal na área. Blanco, que também ingressara em meio à etapa final, converteu a penalidade: 2 a 0, aos 33.

Ao México, restou contar os minutos para o apito final. Os franceses seguiam inférteis e pouco assustavam. Venceu o time mais talentoso, com mais recursos individuais e coletivos. Venceu o México. Um triunfo histórico, que nunca havia ocorrido na história das Copas.

Gols: Hernandez, aos 18 e Blanco, de pênalti, aos 33 do segundo tempo
Cartões amarelos: .Franco, Toulalan e Abidal (França); Juárez, Moreno e Rodriguez (México)
Local: Peter Mokaba - Polokwane
Hora: 15h30min (horário de Brasília)
Árbitro: Khalil Al Ghamdi (KSA)
Ouça a narração no tempo da TV na Rádio Rural - AM 1120


FRANÇA (0) MÉXICO (2)
Lloris, Sagna, Gallas, Abidal e Evra; Toulalan, Malouda, Diaby e Govou (Valbuena); Anelka (Gignac) e Ribéry. Pérez, Rodriguez, Osorio e Rafa Márquez; Moreno, Torrado, Juárez (Hernandez) e Salcido; Vela (Barrera), Franco (Blanco) e Giovani dos Santos.
Técnico: Raymond Domenech Técnico: Javier Aguirre
 

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