| 14/06/2010 02h52min
Nem Luiz Felipe, nem Adilson Batista, nem Abel Braga. O Inter recorreu a Celso Roth para enfrentar o São Paulo na Libertadores. É a terceira passagem do técnico pelo Beira-Rio. Mas também é o maior desafio da carreira: em quatro jogos pode se tornar campeão da América – a mais inebriante façanha para quem jamais conquistou um título nacional sequer em 22 anos como treinador.
Com a inviabilidade de contratação dos figurões, o Inter se viu obrigado a procurar Roth, 52 anos, e oferecer um contrato até dezembro. No ano passado, o técnico acabou demitido do Grêmio, após participar da melhor campanha da primeira fase da Libertadores. Caiu porque perdeu três Gre-Nais seguidos, poupando alguns titulares para o torneio continental. Ao final do terceiro clássico, deixou o gramado do Beira-Rio com a torcida colorada entoando um constrangedor fica, Celso Roth.
Dez meses depois, o Inter desembolsa uma pequena fortuna por Roth. A multa rescisória com o Vasco custa cerca de R$ 500 mil. O técnico receberá R$ 300 mil mensais, além de um bônus de R$ 1 milhão, caso conquiste a Libertadores. Durante a semana, Roth, em férias, e negociando com o Inter, ficou entre Porto Alegre e Caxias do Sul. Roth é vizinho de Fernando Carvalho, no bairro Santa Tereza, e mantém bom relacionamento.
Ontem, o técnico deixou sua casa por volta de 19h e viajou para o Rio. Ele assina a rescisão hoje no Vasco.
Celso Roth chega com a missão de controlar o vestiário, o que o uruguaio Jorge Fossati não conseguia mais.
Nesta temporada, o Inter apresentou regularidade apenas na Libertadores. A campanha no Brasileirão é ruim, e a falta de continuidade do time titular no Gauchão fez com que a equipe perdesse o campeonato para o rival. Fossati foi demitido depois de perder para o Vasco de Roth, por 3 a 2, de virada, depois de estar vencendo por 2 a 0, no dia 27 de maio, no Rio de Janeiro.
– O início de trabalho de Roth é sempre competente, e nós precisamos disso para enfrentar o São Paulo. Nos dois últimos anos, ele enfrentou o São Paulo quatro vezes, e venceu todas – justificou o vice de futebol Fernando Carvalho. – Temos consciência da rejeição (de parte da torcida), mas hoje não há treinador que possa ser contratado que não tenha rejeição. Nada satisfaz.
A saída de Roth do Vasco causou dissabores. O clube carioca protestou por ter sido informado da saída do técnico através da imprensa, além de demonstrar grande irritação com o Inter. Hoje, no Rio, Roth irá se reunir com o presidente vascaíno, Roberto Dinamite. O técnico havia sido a aposta para recuperar o Vasco. O trabalho era reconhecido como bom, mas os resultados não estavam no mesmo nível. Sua saída decepcionou. Passará a ter as portas fechadas em São Januário.
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