Na noite em que o Figueirense lançou seu novo uniforme (terça-feira), foi anunciada também a vinda do jogador Carlinhos Santos, do Joinville, para o clube de Florianópolis. Marcos Moura Teixeira, um dos consultores do Figueira nessa nova gestão, em entrevista à CBN/Diário, disse que estava tudo certo com a contratação do volante e que ele seria apresentado já nesta quinta-feira. Em resposta à declaração de Teixeira, o vice-presidente e diretor de futebol do JEC, Nereu Martinelli, negou a negociação:

— Eu estranhei essa posição, recebi alguns telefonemas depois de alguns dirigentes terem ouvido o programa (Debate Diário) de vocês ao meio-dia. Nós temos com o Carlinhos Santos um aditivo assinado no mês de dezembro. Este aditivo foi dado entrada ontem (terça) na Federação Catarinense de Futebol, e se você acessar hoje (quarta) o BID da CBF, você vai ver que o nome do Carlinhos Santos está lá registrado como atleta do Joinville até dezembro. Eu estranhei muito estas declarações deste dirigente do Figueirense, e eu nem o conheço, em dizer que o Carlinhos Santos é um atleta que vai pertencer ao Figueirense — falou Martinelli.

— Seria a mesma coisa que eu ligar para o Fernandes, fazer uma proposta e dizer aqui em Joinville que o Fernandes vai se apresentar no Joinville. Acho que as coisas não são bem desta maneira. O Carlinhos tem contrato com o Joinville agora até dezembro, eu pedi ao Carlinhos que fosse treinar normalmente. Ele me procurou e me colocou toda a situação, o interesse do Figueirense, e e eu entreguei o caso ao presidente (Marcio Vogelsanger) para resolver a situação. Acho, sim, que com diálogo tudo é resolvido, não da forma que o Figueirense fez. O Carlinhos Santos é um grande jogador, foi um dos destaques do campeonato — completou.

O vice-presidente disse ainda que o volante só deixaria o JEC se houvesse algum tipo de 'compensação financeira' para o tricolor:

— O Carlinhos Santos sai do Joinville primeiramente se houver uma liberação do presidente, eu não libero jogador nenhum, quem libera é o presidente. Segundo, se houver uma compensação financeira para o Joinville, já que nós investimos neste jogador durante três anos. Você sabe que o atleta profissional assina um determinado documento e eles não lembram de tudo o que fazem. Mas o Carlinhos sabia que tinha assinado contrato.

Martinelli finalizou dizendo que se o Carlinhos não jogar pelo Joinville ele não joga por nenhuma outra equipe:

— Pelo o que o Carlinhos me passou, o Figueirense ofereceu um contrato de dois anos, se não me falha a memória, as questões financeiras são muito iguais, e eles estaria indo para o Figueirense, mais por uma questão de segurança, por estar disputando uma Série B do Campeonato Brasileiro. Nós vamos suspender o contrato dele e, enquanto isso não se resolver, ele vai ficar sem jogar futebol. Se não joga no Joinville, não joga por outra equipe — finalizou.