| 13/04/2010 07h45min
Uma suspensão de seis meses amedronta Douglas. A condenação poderá ocorrer caso os procuradores do Tribunal de Justiça Desportiva concluam que o meia do Grêmio teve intenção de agredir o auxiliar João Lúcio Júnior ao chutar uma bola em sua direção. O julgamento será dia 20 de abril.
O procurador-geral Alberto Franco pretendia assistir ontem às imagens da expulsão de Douglas, contra o Pelotas, dia 8. As cenas servirão de base para a apresentação da denúncia. Se ficar comprovada a tentativa de agressão, Douglas será denunciado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cuja pena mínima é de 180 dias.
Franco explica que as penas do CBDJ tornaram-se mais brandas após sua reformulação. Incluem, até, transações disciplinares desportivas, como o pagamento de cestas básicas, o que antes só ocorria quando os clubes recorriam da condenação.
Em caso de suspensão, o Grêmio poderá obter o efeito suspensivo da pena no pleno do TJD. Caso a
pena seja mantida, a instância final
é o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio. Mesmo que seja absolvido no julgamento, Douglas ficará fora do primeiro jogo decisivo do Gauchão. Por determinação da Fifa, é obrigatório o cumprimento de suspensão automática.
O departamento jurídico já prepara a defesa. Cotado para atuar no julgamento, o diretor jurídico Rui Costa diz que, por vezes, nem mesmo as imagens conseguem deixar clara a intenção de um jogador.
— Em futebol, tudo é de uma subjetividade absurda — avalia.
O Grêmio também prepara estratégia para a defesa do preparador Paulo Paixão, citado na súmula de Fabrício Corrêa por sugerir que o campeonato esteja “comprado”.
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