O técnico Vahid Halilhodzic deixou o comando da seleção da Costa do Marfim após o fracasso na eliminação na Copa Africana das Nações. Pouco depois da contratação do sueco Sven-Goran Eriksson para seu lugar, o treinador disse ao jornal marfinês Le Patriot que o grupo marfinês é desunido, o que deve diminuir as chances de sucesso no Mundial.

– Eu diria que a equipe tem grandes jogadores, mas não é uma grande equipe. Alguns jogadores nem querem jogar juntos. O meu trabalho foi passar por cima disso, para assegurar que tudo corresse o melhor possível – revelou o treinador, em declarações ao jornal marfinês Le Patriote.

O treinador foi demitido após a derrota nas quartas de final da Copa Africana das Nações para a Argélia, por 3 a 2. A equipe de Halilhodzic vencia por 2 a 1 até os 47min do segundo tempo, quando levou um gol de cabeça. A decisão da vaga foi para a prorrogação, e os marfineses acabaram sofrendo o terceiro gol. Para o então treinador da Costa do Marfim, a derrota pode ter vindo em um bom momento.

– Trouxe à tona os problemas internos que a equipe tinha – lembra Halilhodzic.

Aparentemente magoado, o treinador disse que sua demissão foi uma "decisão política". Por fim, se mostrou pessimista quanto às chances do adversário de Brasil, Portugal e Coreia do Norte no Grupo G da Copa.

– Eu tinha três ou quatro meses para curar a ferida entre os jogadores e era possível. Um novo treinador não vai conseguir, porque só terá 20 dias para treinar para o Mundial.