| 06/04/2010 07h57min
Por enquanto, o discurso antivaidade do técnico Silas tem sido bem assimilado pelos jogadores do Grêmio. Sem espaço no time, apesar do currículo vitorioso, Hugo, Leandro e Fábio Rochemback prometem aguardar sem protestos por uma nova oportunidade. Contra o Pelotas, a única mudança será a volta de Ferdinando no lugar de Willian Magrão.
Dos chamados medalhões, só o centroavante Borges tem vaga garantida. Ainda um pouco inseguro, ele não deve retornar quinta-feira.
Nem mesmo Jonas, autor de 13 gols na temporada, sente-se totalmente seguro como titular. Para ele, ao salientar os prejuízos que podem decorrer de “frescurinhas”, Silas quis apenas incentivar a disputa interna.
— Ele já tinha falado isso na pré-temporada. Aqui, não tem frescura, nem vaidade. Você olha para trás, vê uma sombra e sabe que não pode baixar a guarda — diz o atacante.
Hugo perdeu espaço no time ao sofrer lesão muscular contra o Porto Alegre, dia 6 de março.
Como voltou no momento da ascensão de Maylson, só
tem entrado na parte final dos jogos. Contra o Juventude, esteve em campo por apenas 15 minutos. Ainda assim, não reclama.
— Fazer o quê? Maylson tem feito bons jogos. O time está correspondendo em campo, trouxe as finais para casa. Tenho que ter paciência e aguardar — afirma.
Ele aposta em reverter a situação ainda durante a Copa do Brasil ou mesmo no Brasileirão, “competições com maior nível de exigência”.
O diretor de futebol Luiz Onofre Meira não teme que o inconformismo de jogadores mais famosos que perderam espaço para os garotos se transforme em rebelião. Problemas como lesões ou suspensões permitirão que todos recebam sua chance ao longo da temporada.
— Se eles não estão jogando, é porque não estão bem A competição interna é saudável. Pior é faltar qualidade na hora decisiva, como aconteceu em 2008 e 2009 — lembra.
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