| 05/04/2010 16h06min
O assassinato de um líder extremista na África do Sul pode estourar um novo conflito étnico no país. Morto por funcionários negros no sábado, Eugene Terre'blanche era um dos principais defensores do apartheid – movimento de segregação racial. Seus seguidores já prometem vingança, mas descartaram, e alertam os estrangeiros que vão ao país durante o Mundial.
– Não enviem seus times de futebol para esta terra de assassinos, não façam isso se vocês não tiverem proteção suficiente para eles – avisou Andre Visagie, também extremista, que considerou o fato uma declaração de guerra de negros contra brancos.
De acordo com a polícia, Terre'blanche foi espancado até a morte pelos funcionários por problemas de salários. O partido do extremista promete vingança, enquanto o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pede calma. Ele não quer ver provocações que alimentem o ódio racial no país às portas da Copa.
O líder da ala juvenil do partido no poder, Julius Malema, foi acusado de inflamar os negros com discursos e um cântico entoado na época do apartheid, que dizia "morte ao boer, morte ao fazendeiro". "Boer" é a forma que a população "afrikaner" branca é conhecida.
O partido de Terre'blanche ligou o assassinato ao cântico. Conflitos étnicos não passam de ameaças, mas a tensão racial já é evidente na África do Sul.
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