| 30/03/2010 09h33min
Os pouco mais de 20 quilômetros de distância do Centro de Treinamento (CT) das Itoupavas até a região central da cidade tem mudado a rotina dos jogadores do Metropolitano. Desde que o clube aboliu o uso do ônibus como meio de transporte dos atletas até o CT, é comum os jogadores se revezarem ao volante para chegar ao local de trabalho.
Como a maioria dos atletas mora na margem do rio, eles organizam uma espécie de rodízio entre eles. O revezamento ajuda no bolso de cada um, no fluxo do trânsito e até no meio ambiente, já que com a redução de carros circulando, a emissão de gás carbônico é menor. É o Verdão ajudando o verde.
Restando poucos minutos para começar os treinos, os carros começam a chegar. E assim como dentro de campo, alguns jogadores se dividem pelos setores do time, outros, pela afinidade e também pela proximidade das residências. O polivalente Nequinha tem como caroneiros os jovens Torres, Paulinho e Danilo, todos revelados pelas categorias de
base do time. Ele diz que o
esquema garante economia de gasolina e evita o desgaste dos carros:
— Como os treinamentos são em dois períodos, querendo ou não, são quase 80 quilômetros por dia. Essa quilometragem todo dia não dá, faz o carro se desgastar bem mais rápido — comentou.
O lateral-esquerdo Ruan e o polivalente Mário André, que moram no mesmo prédio próximo à rodoviária, na Itoupava Norte, se revezam:
— Cada um tem seu carro, mas a gente faz o revezamento para não ficar pesado para ninguém — comentou o lateral.
Outro grupo é formado pelo zagueiro Amaral Rosa e os volantes Alessandro e Serginho:
— Tem que ser assim, né? Como moramos perto, resolvemos fazer esse rodízio. A gente vem conversando e brincando dentro do carro, assim a distância passa rapidinho — afirmou Amaral Rosa.
Trilha sonora diferenciada
Outro grupo é o formado pelo capitão Rafael, o atacante
Leandrinho, o goleiro João Paulo e o volante Du. Como todos moram na mesma rua, na Itoupava
Seca, também organizam um rodízio entre os motoristas:
— Depende do dia, não tem uma escala certa — explicou Leandrinho, que diz que em cada carro rola uma trilha sonora diferente:
— No meu carro a gente vem curtindo um pagode. O Rafa já é mais totalflex, toca de tudo. No do João (Paulo) a gente vem escutando alguns louvores. E no do Du, a conversa rola solta, porque não tem som.
O atacante Juliano tem como companheiros de carona o zagueiro Ferrugem e o meia Luan, todos das categorias de base do Verdão. Já o goleiro Tiago vive uma situação diferenciada. Como alguns jogadores do elenco não têm carro, dependem de carona. É o caso dos jovens Charles, Junior, Cesar e Nietsch, que contam com a ajuda de Tiago para chegarem ao CT:
— Como eles não têm carro, eles me ajudam com o combustível e está tudo certo — comentou.
Nequinha (foto) tem como caroneiros os jovens Torres, Paulinho e Danilo, todos da base do time
Foto:
Rafaela Martins
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