| 26/03/2010 18h47min
Prevenir atos de violência, combater de forma adequada possíveis distúrbios e proporcionar uma atuação técnica às polícias do país no enfrentamento a situações críticas em estádios do Brasil com vistas à Copa de 2014. Este é o objetivo do Grupo de Trabalho (GT) Segurança em Estádios de Futebol, coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
O GT esteve reunido nesta semana com representantes das policias civis, militares e corpos de bombeiros de todo o país em Brasília. O encontro encerrou-se na manhã desta sexta-feira.
Na semana que vem, a proposta do GT será encaminhada ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Este será o primeiro documento policial e de procedimentos operacionais para atuação de forças policiais em praças desportivas já elaborado no Brasil. A inspiração é o green book que ajudou a policia da Inglaterra a combater a violência nos estádios e a fúria dos hooligans.
A ideia é que o
pacote de sugestões, com vistas à
segurança da Copa do Mundo de 2014, possa ser implementado já na próxima edição do Campeonato Brasileiro de Futebol, que começa em maio.
Entre as sugestões debatidas e aprovadas pelos participantes do encontro estão a criação de centrais integradas de monitoramento em estádios com capacidade para mais de 10 mil pessoas; reuniões preparatórias com forças de segurança, transporte público, torcida e clubes antes de jogos com público superior a cinco mil pessoas; criação de um link na Rede de Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização (Infoseg) para o cadastro de torcedores, etc.
— O objetivo é criar uma doutrina e uma prática nacional não só para jogos de futebol, mas para eventos esportivos como um todo. O futebol pode ser um fator de transformação positiva no país — afirmou o secretário Nacional de Segurança Pública do MJ, Ricardo Balestreri.
O próximo encontro para tratar do tema será com a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), Clube dos 13,
torcidas organizadas e Ministério dos Esportes. A data ainda não foi definida.
Qualificação
Entre as propostas listadas no encontro, também está a de qualificação e capacitação dos policiais. Aulas de línguas estrangeiras, manuseio de armas não-letais e uso de linguagem não-verbal estão entre os assuntos que as autoridades de segurança pública pretendem investir para que tudo ocorra bem na Copa do Mundo no Brasil.
Outra reivindicação é que os policiais que atuam nos estádios das 12 cidades-sede da competição já passem a trabalhar de forma padronizada (com um mesmo uniforme), para que estes policiais se acostumem com o padrão que será utilizado durante a Copa.
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