| 25/03/2010 07h10min
O jornalista Luiz Mendes iniciou a trajetória na cobertura de copas no maior trauma do esporte brasileiro: a derrota para o Uruguai por 2 a 1, no Mundial de 1950, em pleno Maracanã lotado. Oito anos depois, ele viu a resposta da Seleção ao país e ao mundo. Segundo Mendes, o triunfo na Suécia em 1958 confirmou o talento do nosso futebol e apresentou o Brasil como um todo no Exterior:
– Até cronistas europeus não conheciam muito o Brasil. Eles pensavam que aqui, nas ruas das principais cidades, apareciam cobras, lagartos, o diabo a quatro. Pensavam que o Brasil era um país praticamente selvagem. Na rua, uma moça perguntou se eu e meus companheiros éramos do Brasil. Respondi que sim e ela perguntou se o país ficava na África. Eu fiz com que ela entrasse num local em que havia mapa e lhe mostrei – declarou.
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O surgimento de Pelé marcou aquela Copa. O menino de apenas 17 anos, que saiu chorando no ombro de Gilmar após a final, já se mostrava o gênio que vestiria por muitos anos a 10 da Seleção. Mas Luiz Mendes lembra que aquele Mundial foi também a confirmação de outro craque:
– Para mim foi uma revelação, porque eu o conhecia pouco. Pelé jogava no Santos e eu atuava no Rio de Janeiro. Mas foi também a Copa de uma confirmação: Garrincha, que causava furor nos campos do Rio e era reserva na Seleção. Ele já deveria ter jogado em 54 – observou.
O jornalista da Rádio Globo conta ainda como os jogadores mais experientes, entre eles Didi e Nilton Santos, pediram a escalação de Garrincha e Pelé após o empate em 0 a 0 com a Inglaterra.
Confira essa e outras curiosidades da Copa de 58 no relato de Luiz Mendes:
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