O presidente Duda Kroeff comentou na noite desta terça a saída de Paulo Deitos da coordenação das categorias de base do Grêmio. Com a delegação tricolor em São Paulo, o dirigente disse que os argumentos apresentados pelo assessor do departamento de futebol, Luiz Onofre Meira, para a troca foram convincentes. Kroeff reiterou o objetivo de estreitar as relações entre o futebol amador e o profissional:

– Eu tenho um comandante do futebol, que é de minha total confiança e que se chama Luiz Onofre Meira. Ele vem para mim e expõe algumas situações pelas quais ele quer trocar o comando das categorias de base. Eu achei bastante razoável o que ele me disse, concordei e é isso – explicou.

O presidente não revelou os motivos para a troca:

– Não foi nada de grave, nada de mais. Ele pretendia uma pessoa com a qual tivesse um diálogo mais próximo, mais afinidade, interação entre o futebol profissional e as categorias de base. O importante é que todos os profissionais que trabalham lá, e que são muito bons, continuam. Só teve a troca da coordenação – observou.

Os coordenadores técnicos Edson Aguiar, trazido por Paulo Autuori, e Mauro Rocha prosseguem nos cargos.

Segundo informações do apresentador do Show dos Esportes, Pedro Ernesto Denardin, Paulo Deitos estaria entregando informações do departamento de futebol para a imprensa. Outro motivo seria que o médico Márcio Bolzoni fez uma cirurgia em um jogador, o atleta voltou a ter problemas e o diretor teria manifestado insatisfação.

Kroeff refutou a versão do atrito com Bolzoni.

– Isso não não procede – salientou.

O presidente também comentou a possibilidade de concorrer à reeleição no fim do ano.

– Eu não tenho vontade. Acho que dois anos é mais do que bom. Mas depende. Se outras pessoas acharem que é bom para o Grêmio eu ir de novo, daí eu vou. Também não é tanto sacríficio assim, porque para mim é uma honra. Eu trabalho para o Grêmio. Não atuo para nenhum grupo político – comentou.

Deitos faz parte do Movimento Grêmio Acima de Tudo, um dos seis que apoiaram Kroeff nas eleições de 2008. Ele espera conversar com o presidente no começo da próxima semana.