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 | 15/03/2010 23h59min

Os 10 Mais: As maiores injustiças da história das Copas

Comentaristas esportivos escolheram episódios marcantes dos mundiais






Gol de mão, erros de arbitragem e eliminações precoces. Falar em Copa do Mundo sempre traz lembranças de fatos que ficaram marcados negativamente na história. Mas quais foram as maiores injustiças dos Mundiais?

Para responder a essa questão, o clicEsportes conversou com comentaristas de futebol do país. Confira abaixo quem foram os mais votados na matéria que dá sequência à série Os 10 Mais.

Vitória do Uruguai na Copa do Brasil em 1950

Final da Copa do Mundo de 1950 no Brasil. A torcida lotou o Maracanã para ver a Seleção ser campeã pela primeira vez na história. O time brasileiro chegou à final invicto e tinha no elenco craques como Ademir, Nilton Santos e Zizinho. Para levantar a taça, bastava apenas um empate. O jogou começou e Friaça abriu o placar para os donos da casa, aos dois minutos do segundo tempo. Mas, com gols de Schiaffino e Gigghia, o Uruguai virou a partida e calou o maior estádio do mundo.

— O Brasil era amplamente favorito. O pessoal diz que se o Uruguai jogasse 10 vezes com o Brasil, perderia nove e venceria uma — diz Eduardo Moreno, narrador do SporTV.

Derrota da Hungria na Copa da Suíça em 1954


A Hungria, liderada pelo craque Puskas, encantou o mundo na década de 1950. O time húngaro inovou pela preparação física e mudou os paradigmas táticos da época. A equipe foi campeã olímpica em 1952 e em seis anos perdeu uma única partida: a final da Copa da Suíça em 1954. A equipe do técnico Gusztav Sebes foi derrotada por 3 a 2 pela Alemanha. Na decisão, um gol legal de Puskas foi anulado.

— A maior injustiça aconteceu em 1954 com a Hungria, que não perdia há anos. Eles perderam para a grama molhada, para a violência... só para coisas ruins — afirma Sérgio Xavier, redator-chefe da revista Placar.

Gol da Inglaterra contra a Alemanha na Copa em 1966

Em 1966, pela primeira vez na história, a Inglaterra chegava a uma final de Copa do Mundo. E justamente quando foi anfitriã da competição. Na final, a equipe enfrentou a Alemanha Ocidental. Após empate em 2 a 2 no tempo normal, a partida foi para a prorrogação. Aos oito minutos do tempo extra, Hurst arriscou o chute, a bola bateu no travessão e quicou exatamente sobre na linha. O juiz suíço Dienst validou o gol que desestabilizou o time alemão. Hurst ainda marcaria mais um gol antes do apito final.

Perseguição a Pelé na Copa da Inglaterra em 1966

O maior jogador de futebol do mundo apareceu para o mundo quando tinha 17 anos, na Copa da Suécia em 1958. Quatro anos depois, se consagrou na conquista do bicampeonato na Copa do Chile. Em 1966, era um dos destaques na Inglaterra. Mas acabou "caçado" dentro de campo e acabou lesionado. Na competição, foi a última vez que Pelé jogou ao lado de Garrincha. O Brasil acabou eliminado ao perde para Hungria e Portugal.

Derrota da Laranja Mecânica na Copa da Alemanha em 1974

A Holanda fez uma campanha histórica na Copa do Mundo da Alemanha 1974, com direito a goleada na Argentina e classificação em cima do Brasil. Foram cinco vitórias, um empate e uma derrota - de virada para os anfitriões na final. O time do craque Johann Cruyff se destacou com uma maneira dinâmica de jogar futebol. Os jogadores não guardavam posição e a bola passava de pé em pé até chegar na área adversária. A tática, revolucionária na época, foi denominada carrossel e seleção recebeu o apelido de Laranja Mecânica.

Argentina campeã em casa na Copa em 1978

A Copa da Argentina de 1978 ficou marcada por polêmicas. Além da arbitragem duvidosa, uma vitória da seleção do país sede ainda é considerada suspeita. Na segunda fase da competição, os argentinos precisavam de uma vitória de, no mínimo, quatro gols contra o Peru para eliminar o Brasil e avançar às finais. O jogo terminou 6 a 0 e as suspeitas recaíram sobre o goleiro Quiroga, argentino de nascença.

Eliminação da Seleção Brasileira na Copa da Espanha em 1982

O Brasil montou um dos melhores times em 1982. Sob o comando de Telê Santana, a equipe contava com Zico, Falcão, Sócrates, Éder, Júnior e Serginho Chulapa. Na segunda fase da competição, bastava apenas um empate contra a Itália para se classificar. Mas Paolo Rossi, em dia inspirado, marcou três gols e sacramentou a desclassificação brasileira. Sócrates e Falcão marcaram para o Brasil, mas não foi suficiente. Os italianos acabaram campeões, aos vencer a Alemanha na final por 3 a 1.

Gol de mão de Maradona na Copa do México em 1986

Nas quartas de final da Copa de 1986, a Argentina enfrentava a Inglaterra e vencia por 1 a 0. Aos nove minutos do segundo tempo, Maradona aproveitou cruzamento na área, disputou a bola com o goleiro inglês e usou a mão para marcar o segundo gol da equipe. O árbitro não percebeu a infração e validou o lance. Após a partida, o camisa 10 da argentina declarou que marcou o gol "com a cabeça e com a mão de Deus". A Inglaterra descontou com Lineker, aos 36, mas os argentinos passaram para às semifinais.

— É a injustiça mais famosa das Copas — fala Luiz Zini Pires, colunista do jornal Zero Hora.

Campanha da Coreia do Sul na Copa de 2002

A Coreia do Sul chegou às semifinais da Copa do Mundo de 2002 e conseguiu sua melhor colocação na história da competição. Porém, a campanha da equipe foi marcada por erros grosseiros de arbitragem. Atuando em casa, os coreanos acabaram favorecidos nas partidas contra a Itália, pelas oitavas de final, e contra a Espanha, nas quartas. No primeiro jogo, o árbitro anulou um gol italiano na prorrogação e marcou um pênalti para a Coreia.

— Ganhou graça a erros a arbitragem. Eliminou duas boas seleções que poderiam chega mais longe na competição — explica Lédio Carmona, comentarista do SporTV.

Eliminação da Irlanda nas eliminatórias para a Copa da África do Sul em 2010

A Irlanda disputava uma vaga com a França para a Copa do Mundo que acontecerá na África do Sul, neste ano, na repescagem das Eliminatórias Europeias. Na primeira partida, em Dublin, os franceses venceram por 1 a 0. Na decisão, em Paris, a Irlanda ganhou no tempo normal por 1 a 0 e o jogo foi para a prorrogação. Aos 13 minutos do tempo extra, Gallas marcou o gol que eliminou a Irlanda. Porém, na jogada que resultou no gol, Henry conduziu a bola com a mão, mas o juiz não marcou a infração.

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