| 25/02/2010 20h23min
Ídolo da torcida gremista, o centroavante Jardel não esquece os momentos que viveu com a camiseta tricolor. Em especial os confrontos diante do Palmeiras, que na época era treinado por Wanderley Luxemburgo, e contava com uma verdadeira seleção de craques no elenco. Na noite desta quinta-feira, a torcida palmeirense terá mais um encontro com o jogador, pela Copa do Brasil.
Já concentrado em um hotel de São Paulo para o confronto às 21h30min desta quinta-feira com o Palmeiras no Palestra Itália, o atacante Jardel, do Flamengo-PI, não escondeu que espera uma recepção nada amistosa por parte dos torcedores palmeirenses.
Utiliza como argumento a endiabrada fase que viveu nos anos 90, quando, pelo Grêmio, eliminou o Verdão da Copa Libertadores de 1995, com quatro gols somados nas quartas de final – três no 5 a 0 tricolor no Olímpico, e um que garantiu a classificação gremista no 5 a 1 alviverde, no Palestra.
– Vai ser bom rever amigos. Estive no Palmeiras, mas não deu certo. Tenho carinho pelas pessoas. Não sei se vou ser aplaudido ou xingado pelos torcedores. Acho que xingado pelo o que eu fiz pelo Grêmio na Libertadores – afirmou o jogador, que treinou na Academia de Futebol em 2004, mas não atuou por problemas contratuais.
Aos 36 anos, o algoz palmeirense caminha para o fim de uma carreira recheada de títulos tanto pelos clubes que passou quanto individuais. Além da Libertadores de 1995 e o Brasileiro de 1996, ambos pelo Grêmio, levantou a Copa da Uefa, pelo turco Galatasaray, entre outros. Com uma brilhante passagem pelo Porto (POR), foi eleito duas vezes Chuteira de Ouro entre 1997 e 2000.
Sem condições ideais de jogo, Jardel começará a partida no banco de reservas e pretende atuar entre 20 e 30 minutos contra o Palmeiras. A projeção era a mesma para a partida de ida, há duas semanas, mas ele entrou apenas nos últimos minutos e nem sequer tocou na bola.
Apesar de estar ciente da disparidade de estrutura entre os clubes, o atacante não considera improvável uma surpresa no Palestra Itália. Com a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, o Fla-PI precisa vencer por dois gols de diferença para avançar na competição. Em caso de triunfo mínimo sem tomar gols, cobranças de pênaltis decidirão o adversário do Paysandu (PA) na segunda fase.
– Espero ter sorte, que seja um bom jogo, que a gente possa surpreender o Palmeiras no Palestra Itália. Se eu fizer gol, vou agradecer muito a Deus æ disse Jardel, que afirma ter deixado o vício em cocaína – revelado em 2008 –, no passado, almejando até se transferir para um grande clube grande.
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