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 | 27/01/2010 03h20min

Douglas chega de olho no Gre-Nal

Meia chega ao Grêmio em forma, e diz que só depende de liberação para estrear no clássico de domingo

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

A expressão cansada refletia a viagem entre Dubai, nos Emirados Árabes, e São Paulo, feita na véspera. Em casa, Douglas teve poucas horas de sono. Envolvido com a filha, de quatro anos, que exigiu sua atenção, deitou tarde e levantou às 5h30min para vir a Porto Alegre. Ainda assim, o maior investimento do Grêmio na temporada – US$ 3,5 milhões –, se diz pronto para o Gre-Nal de domingo.

– Estou bem fisicamente. Vamos ver se a documentação fica pronta – disse o meia, cuja última partida pelo Al-Wasl ocorreu há uma semana.

Também é este o desejo de Silas. O técnico, que define o reforço como “um jogador inteligente”, pretende, ao menos, inclui-lo na relação dos jogadores que viajam sábado a Erechim. No mínimo, contribuirá para aumentar o mistério que costuma cercar as duas equipes antes do clássico.

Na chegada, Douglas confessou que jogar no Grêmio era um desejo de adolescente, quando ainda atuava pelos juniores do Criciúma. No Al-Wasl desde julho, pouco depois de ter participado da conquista da Copa do Brasil pelo Corinthians, ele deixava o campo irritado a cada partida, “de tão baixo que era o nível”.

Fã de Alex, do Fenerbahçe, da Turquia, Douglas discorda de Silas sobre a posição que irá ocupar. Para o treinador, a disputa será com Hugo. Para o novo reforço, Hugo é meia-atacante.

– E eu sou um meia armador. Acho que a 10 me cai bem – sorriu.

Um meia-armador que curiosamente, não tem predileção por fazer gols. Douglas surpreendeu ao dizer que sente-se mais feliz dando um passe para um gol de sua equipe do que propriamente marcá-lo.

A vinda para o Grêmio representa para ele, também, a oportunidade de melhorar sua imagem. Preocupada com possíveis problemas extracampo, a direção tratou de investigar a vida de Douglas, valendo-se de fontes próximas ao Corinthians.

– Falam um monte de coisas que não sabem. Ouvem e levam adiante. Disseram que eu estava me separando, que ia para a noite beber e chegava atrasado todos os dias. Quem quiser falar que fale – avaliou o jogador.

 

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