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 | 21/01/2010 11h00min

'Eu sempre gostei de grandes desafios', diz Viola, do Brusque, sobre o Catarinense

Atacante está animado com a estreia diante da torcida

O Brusque faz a sua estreia diante da torcida no Catarinense 2010 na noite desta quinta-feira, dia 21, às 21h50min, no Augusto Bauer, contra o Figueirense. Na primeira rodada, o time perdeu para o Avaí em Florianópolis. Agora, é dentro de casa, e com a presença de sua maior estrela, que os brusquenses querem se recuperar no campeonato e conquistar a primeira vitória. O atacante Viola foi a grande contratação do Bruscão. O jogador está motivado e otimista para enfrentar o Figueirense na presença da torcida:

— Tudo tranquilo. Já fizemos bons treinos. Faz quase duas semanas que a gente está trabalhando com o grupo. Já conheço o nome dos atletas, isso é importante. O entrosamento, não posso dizer que está 100%, mas 80% já bem melhor. É lógico que nós sabemos que vem aí um time de ponta, um time que tem história, não só aqui no campeonato, mas no Brasileirão também. Dentro de casa a gente tem que estar tranquilo, fazer aquilo que o professor (técnico Suca) pedir, procurar respeitar o adversário, e jogar futebol. Vamos procurar fazer um jogo bonito com o nosso adversário, e que vença o melhor. Que esse melhor seja o Brusque e que a gente consiga nossa primeira vitória no campeonato — falou.

>>> Assista ao vídeo da entrevista de Viola

A torcida de Brusque está muito animada com a participação do craque tetracampeão. Viola admite que gosta desta responsabilidade, mas que espera muito compromisso dos seus companheiros de time:

— É uma responsabilidade gostosa. Eu sempre gostei de grandes desafios. Sei que responsabilidade a gente tem que ter sempre, que não é só dentro do trabalho, isso é casa, nas ruas, com a família, e eu sou um cara muito responsável. Eu espero que meus companheiros assimilem isso também, que responsabilidade faz parte do nosso trabalho, da nossa vida. É lógico que a cobrança ela vai haver, isso aqui no Brusque, no Corinthians, no Flamengo, enfim, em qualquer equipe. Vamos apresentar aquilo que os torcedores esperam e, com certeza, seremos aplaudidos, incentivados. Vamos procurar fazer o melhor, que são os gols, para que a gente possa vencer.

"Deixo a vida me levar"

Em relação à estreia, Viola procura não se preocupar muito com o 'peso' da palavra. Ele acredita que com trabalho e comprometimento, os resultados aparecem:

— Eu deixo a vida me levar, o futuro a Deus pertence. O jogo é jogado, não adianta a gente falar aqui do lado de fora que vamos fazer 30 gols no campeonato, porque muitos que falam acabam não fazendo nenhum. Eu sempre estou dedicado, respeito o adversário, a camisa que eu visto, jogo com determinação, amor, raça. Quem trabalha Deus ajuda, e eu estou trabalhando, meus companheiros também, acho que sozinho uma andorinha não faz verão. Eu escolhi jogar futebol, coletivo, eu poderia ter escolhido lutar boxe, jogar tênis, mas o grupo sabe que a responsabilidade é de todos nós.

Ainda é cedo para pensar em aposentadoria

Viola afirmou que o Brusque fez o certo em contratá-lo para a disputa do Estadual. Mas nada de falar em aposentaria. O jogador disse que ainda tem muito vigor e disposição:

— Eu sou um menino ainda, um garoto, com muito vigor físico, com muita vontade de prosseguir com a minha carreira, que até agora tem sido brilhante. Não deixei a desejar por onde eu passei, e por onde passei eu fiz grandes trabalhos, grandes amigos. As pessoas costumam me adorar, não porque eu seja o Paulo Sérgio Rosa, ou o Viola, mas sim por bons serviços prestados, e aqui foi uma oportunidade porque eu ainda não tinha jogado para o lado do Sul. Eu acho que o Brusque deu o pontapé certo me contratando. A cidade está em festa, está feliz, nós também estamos, mas essa felicidade pode ser um complemento para a hora do jogo. Na hora que nós entrarmos no campo e vencermos, aí sim vamos completar a felicidade de todos — declarou.

Galo, marreco, sangue? Como assim Viola?

Animado com a estreia em casa, o atacante até filosofa:

— Logicamente as equipe que virão aqui vão tentar tirar pontos da gente, talvez venham até mais fechados, mas o importante é que a gente tem que tomar conta de nós mesmos. Sabemos da qualidade da equipe adversária, mas não tem bicho de sete cabeças. Eu costumo dizer que dentro de casa, canta o galo, e amanhã (hoje) o galo somos nós. Pode ser até o marreco, mas estamos dentro de casa, e vamos do começo até o final, sem menosprezo, procurar fazer o melhor, desenvolver o futebol que estamos trabalhando, para que a gente saia feliz no final do jogo. Quem jogar contra o Brusque pode até sair com a vitória, mas vai ter que jorrar sangue, porque se não jorrar, nós vamos jorrar e seremos os vencedores.

Viola finalizou dizendo que está gostando de toda a repercussão a respeito de sua contratação, mas ressaltou que não adianta ter repercussão sem jogar futebol:

— O Brusque agora está mais conhecido não só no Brasil, mas na Itália, Portugal, Turquia, Estados Unidos, mas enfim, para mim isso é muito bom, a marca Viola é muito forte, porque quando eu jogo, independente do clube ter duas, três, quatro, ou nenhuma estrela, eu jogo consciente daquilo que eu posso render, e até um pouquinho mais. Eu estou feliz. Agora, não adianta toda essa boa repercussão se a gente não entrar dentro de campo para ajudar a nossa equipe — concluiu.

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