| 02/01/2010 18h45min
Foi o acaso que trouxe o catarinense Tiago Barth ao mundo do vôlei. E foi o talento que o levou à seleção brasileira. Aos 21 anos, com 2m09cm, o central do Sesi (SP), nascido em Mondaí e criado na vizinha Iporã do Oeste, no Extremo Oeste, é uma das grandes promessas da melhor escola do esporte no planeta.
Da infância no interior de Santa Catarina, Tiago só guarda boas recordações:
— Cresci em uma cidade pequena e tenho todas as lembranças de amigos que ficaram lá. Amigos da escola, que dão muita saudade e não tenho muita oportunidade de visitar — conta o jogador, que sempre foi o mais alto da sua turma, na escola.
Aos 12 anos, quando se mudou para Foz do Iguaçu (PR), já tinha 1m85cm. A altura privilegiada despertou o interesse nos esportes. Tentou jogar futebol, depois futsal, basquete. Não deu muito certo.
Até que um técnico de vôlei viu o garoto andando nas ruas da cidade paranaense e entrando em um ônibus.
Identificou o bairro para onde o ônibus seguia, o Três
Bandeiras, e fez uma verdadeira cruzada nas escolas da área atrás do “gigante”. Uma professora ficou sabendo da história e imaginou que o garoto com aquelas características só podia ser o Tiago. Foi assim que ele foi apresentado ao esporte que transformaria sua vida.
Aos 15 anos, com dois metros de altura, Tiago Barth pegou gosto pelo vôlei e começou a chamar a atenção. Um ano depois, a irmã do técnico Carlos Castanheira, o Cebola, então técnico do Bento Vôlei, de Bento Gonçalves (RS), viu o jogador em ação e indicou ao irmão. Aos 16 anos, o catarinense entrava em um time da Superliga.
Foi o início da carreira propriamente dita. Tiago foi campeão mundial com a seleção brasileira juvenil, em 2007, e em 2009 recebeu convite do técnico Bernardinho para integrar a equipe adulta nacional:
— Acho que o sonho de todo atleta é estar lá e muita gente não acredita que aconteça. Eu tinha esta vontade, mas achava que seria difícil chegar à seleção. Com
certeza foi uma felicidade muito
grande ter sido convocado e a motivação maior é continuar.
A convocação veio em uma fase de transição na carreira. Depois de passar uma temporada no Minas, vice-campeão nacional, em que era um “reserva de luxo”, o central decidiu arriscar. Aceitou a proposta do Sesi-SP, outro supertime. Desta vez, porém, conseguiu a titularidade, ajudou o time do técnico Giovane Gávio a conquistar o Paulistão e faz grande campanha na Superliga Nacional:
— Muita gente me aconselhou a não fazer isso, porque eu já estava em uma equipe grande, mas eu decidi arriscar e acho que foi um tiro certo — encerrou.
Tiago Barth (C), de 2m09cm, fez parte do grupo do Brasil que conquistou a Liga Mundial
Foto:
Divulgação / FIVB
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