Para a agência de notícias argentina Telám, Maxi López já é da Lazio. Segundo notícia publicada pela versão online dos jornais Clarín e El País, o atacante do Grêmio foi comprado por 3,5 milhões de euros (quase R$ 9 milhões). Maxi assinaria contrato por três anos e começaria a treinar em Roma no início de janeiro.

De acordo com o Clarín, a pressa da Lazio é fechar o acordo com o Grêmio antes de 31 de dezembro, data em quie termina o empréstimo, e a partir daqual teria que negociar diretamente com o FC Moscou, dono dos diretos de Maxi. Fechando com o Grêmio, o clube gaúcho repassaria parte do valor, exercendo o direito de compra, estipulado em 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 3,8 milhões) e ficaria com parte da diferença.

A mesma notícia repercutiu na Itália. O site Tuttosport diz que o contrato já foi assinado na última sexta-feira.

Os jornais do dia também tratam do assunto. O Corriere dello Sport informa que a reunião de ontem, em Buenos Aires, que entrou na madrugada italiana, "lançou as bases" para a contratação. A decisão final foi adiada para esta terça. Em sua edição de segunda, o La Gazzetta dello Sport já declarava que havia "sinais de fumaça branca", ou seja, de que a negociação seria concluída. A analogia é com a escolha de um novo Papa, anunciada pela cor da fumaça soltada pela chaminé do local onde os líderes da Igreja Católica se reúnem.

Zero Hora desta terça-feira apurou que Maxi voltou ontem a Buenos Aires, depois das férias. Aproveitou o giro europeu cuja última parada foi Paris para passar três dias em Roma. Saiu da capital italiana na última sexta-feira, depois de conversar com o diretor esportivo da Lazio, Igli Tare. Reunidos no centro esportivo do clube, em Fornello (arredores de Roma), acertaram salários em torno de 109 mil euros por mês. Equivale a cerca de R$ 275 mil, R$ 100 mil acima dos vencimentos atuais no Grêmio.

Segundo a Agência Ansa, Maxi López incrementará a ampla colônia sul-americana da Lazio, que já conta com os argentinos Mauro Zárate, Cristián Ledesma,

Julio Cruz, Albano Bizzarri e Lionel Scaloni, o uruguaio Fernando Muslera e os brasileiros Matuzalém e Cribari.

Aos 25 anos, Maxi vai para seu quarto time na Europa. Revelado pelo River Plate, foi contratado pelo Barcelona por 7 milhões de euros na época (R$ 17,8 milhões na cotação de hoje), mas não se deu bem no clube catalão. Anos depois, foi escolhido em uma enquete com torcedores uma das piores contratações do clube na década. Acabou cedido ao Mallorca, depois ao FC Moscou, depois ao Grêmio, onde voltou a fazer gols e interessar ao mercado europeu. 

A negociação envolve uma complexa engenharia financeira. Confira como poderia ser: 

• Grêmio paga 1,5 milhão de euros (R$ 3,81 milhões) a Maxi 

• Maxi paga US$ 1 milhão (R$ 1,77 milhões) ao FC Moscou e dá 50% dos direitos ao Grêmio

• Diferença fica com Maxi: R$ 2,04 milhões

• Maxi ganha US$ 100 mil (R$ 177 mil) por mês no Grêmio

• O Grêmio repassaria 50% dos direitos de Maxi por 2 milhões de euros (R$ 5,08 milhões) para a Lazio

• O Grêmio perderia o centroavante e ganharia R$ 1,27 milhão