| 19/12/2009 19h55min
O Inter vê em Walter a arma secreta para 2010. Até mesmo para a Libertadores. Tanto é assim que o presidente Vitorio Piffero recusou, dias atrás, ofertas de Almería e Porto pelo jogador. As propostas, ambas na casa dos € 3 milhões, não valiam o risco de perder o potencial de Walter – o Inter detém 50% dos direitos, o restante pertence ao uruguaio Juan Figer.
– Todos me ajudaram muito, sempre acreditaram em mim. Mas, agora, as coisas mudaram: eu também passei a acreditar – disse o novo Walter. – Minha atitude mudou. Pensei muito nesse período sem poder jogar. Corrigi erros e voltei uma pessoa melhor.
Os sete meses de molho, devido à cirurgia para a reconstrução dos ligamentos cruzados do joelho direito mudaram o atacante de 20 anos. Ele não perdeu o físico atarracado, estilo tanque de guerra, como Claudiomiro, mas está apenas dois quilos acima dos 83kg desejados pelo Inter para que ele jogue.
Walter também não come mais xis nem cachorro-quente após os treinos. Fica incomodado com as críticas que recebia pelo desleixo com o peso, mas garante que virou fã de peixe, frango e saladas. Muito pelo monitoramento constante de sua alimentação pela nutricionista Lenice Carvalho e sua equipe. Dona Edith, a mãe de Walter, que trocou Recife por Porto Alegre para cuidar do caçula, também foi fundamental para este processo. É tida como uma cozinheira de mão cheia, em especial para pescados.
– A cada mês o percentual de gordura do Walter cai. Estamos muito felizes com esta transformação. Agora, em vez de uma bolacha recheada ele come uma maçã, uma banana – elogia Lenice.
Pessoas próximas a Walter asseguram que a mudança de comportamento ocorreu a partir do medo de não poder mais jogar. Ficar impedido de fazer o que melhor sabe na vida, deixar a família em novos apertos financeiros.
– Walter está mais interessado do que nunca. Voltou com uma postura diferente, mais madura, interessadíssimo nos treinos – atesta Hilário Melo, preparador físico do Inter B.
A partir de segunda-feira, Walter passará a treinar com bola e a realizar coletivos prevendo a estreia no Gauchão em 17 de janeiro. E o atacante já faz planos: após os treinos, faltas. Pedirá ao técnico Osmar Loss para treinar com a barreira.
– Quando tive medo em não voltar a jogar, pensei em treinar ainda mais. Em especial as faltas, já que bato forte. Quero ser o reserva do Andrezinho nas cobranças da Libertadores – concluiu.
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