Mesmo com número recorde de participantes e de campeões olímpicos de volta às quadras brasileiras, o objetivo da UCS na Superliga Masculina de Vôlei é ousado: classificar entre os oito primeiros colocados para os playoffs finais. O problema é que a edição 2009/2010 conta com 17 times, muitos deles adversários de ponta no caminho à classificação. Depois de observar as duas primeiras rodadas, os caxienses entram em quadra nesta quinta-feira para mostrar seu voleibol. A estreia é às 20h, diante do Montes Claros (MG), no Ginásio Poliesportivo da UCS.

O grupo comandado pelo técnico Jorginho Schmidt é o único representante do Rio Grande do Sul na principal disputa do vôlei nacional. Ao mesmo tempo que a exclusividade é motivo de orgulho, também dificulta o trabalho. Como somente um adversário virá jogar aqui a cada rodada, não há com quem trocar informações sobre os outros times, prática comum no vôlei, e que costumava ocorrer quando havia mais gaúchos na Superliga. Para contornar a dificuldade, os caxienses estão contratando um responsável por filmar os demais jogos e apresentar estatísticas por meio de um programa de computador.

Cercar-se de todas as notícias se faz necessário em uma competição que conta com alguns dos melhores jogadores do mundo, como Giba, Rodrigão e Gustavo, da seleção brasileira e que defendem o Pinheiros. Além de rivais de qualidade, os atletas de Jorginho terão que suportar 32 jogos. Uma sequência longa, na opinião de Schmidt, e que será uma novidade para todos.

– Ninguém nunca jogou tanto em uma Superliga, ainda em meio a treinos e viagens. Será imprevisível e mantém o mistério da disputa, mas claro que alguns são mais fortes. Esse número grande de partidas pode reduzir o nível técnico da competição, já que o padrão de acertos vai diminuir – acredita o treinador, satisfeito por voltar à Superliga, competição da qual é tricampeão e cuja última participação ocorreu em 2004/05, pelo On Line-RS.