| 15/11/2009 23h56min
O técnico Mário Sérgio manteve o clima ácido das entrevistas coletivas, seja no dia a dia ou após as partidas. Não foi diferente neste domingo, depois de o Inter vencer o Santos, por 3 a 1, no Beira-Rio. Já projetando o confronto do próximo domingo, contra o Atlético-MG, no Mineirão, o treinador comentou as declarações do presidente do Galo, Alexandre Khalil, que afirmou que seu time vai passar por cima do Inter. Evidente que não apenas comentou, mas rebateu, disparou e, mais uma vez, sobrou também para a imprensa:
– O presidente do Atlético-MG é uma pessoa íntegra, correta. Mas é torcedor. Daí vale tudo. Torcedor pode falar tudo. Eu, como profissional, não. Eu tenho que medir minhas palavras, haja vista o que aconteceu em 2005, quando trabalhei no rival. Não medindo minhas palavras, sofri processo de um companheiro de vocês (imprensa) que me tomou R$ 25 mil. Temos que ter muito cuidado com o que se fala, cuidado esse que infelizmente vocês não têm e ninguém processa vocês – disparou.
Mário também deixa claro que pensa que o G-4 não é o limite para o Inter nas rodadas restantes. Ainda acredita até mesmo em título, o que poderia vir a ocorrer na última rodada do Brasileirão:
– Se conseguirmos ganhar do Atlético-MG no Mineirão, e muitos já estavam tirando o Inter da disputa, vai valer pelo aspecto psicológico. Vou acreditar até o último jogo. Tudo é possível. Acho que esse campeonato ficará definido na última rodada – projeta o treinador. – Desde que cheguei aqui, sempre disse que vim para ser campeão. E continuo assim. completou.
A receita que ele faz para o jogo do próximo fim de semana é de cuidados redobrados com a marcação para conter a velocidade do Galo:
– Eles têm velocidade. Se der espaço, periga eles fazerem um placar tranquilo. Então teremos que diminuir o espaço para quebrar a velocidade.
Sobre a crise vivida durante a semana entre o lateral Kleber e o meia
D'Alessandro, o comandante do vestiário colorado considera que
esse tipo de fato é normal, mas que se isso trouxer as vitórias que o Inter precisa, vai até mesmo incentivar esse tipo de coisa no grupo:
– Vivi no meio de homens a vida inteira. Fui sempre extremamente competitivo. Chegar às vias de fato seria algo anormal, para muitos, e não podemos admitir violência. Mas quando se convive com um grupo que está tenso, está sendo cobrado. Pior é quando isso não acontece e você sabe que é um grupo que é dividido, que você não consegue identificar o problema. Aqui não tem problema algum. Se todos brigarem todos os dias e o rendimento for o de hoje, eu mesmo vou fomentar briga.
CLICESPORTES E RÁDIO GAÚCHA
Mário considera que vitória sobre o Atlético-MG será importante pelo aspecto psicológico
Foto:
Mauro Vieira
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