| 10/11/2009 06h20min
O Grêmio só espera até sexta-feira por uma posição de Paulo Autuori sobre seu futuro. Atraído por uma oferta de R$ 700 mil mensais feita pelo Al-Rayyan, do Catar, o técnico poderá deixar o clube. Nos bastidores, há o temor de sua saída. Tanto que Adilson Batista, Dorival Jr. e Silas passaram a ser cotados para ocupar o seu lugar.
– Não podemos nos tornar reféns desta situação. Se ele tem que se definir, vai ter que ser esta semana – confidenciou um dirigente, ao lembrar que o Grêmio já iniciou seu planejamento para 2010.
Sua preocupação está ligada ao fato de que a contratação de reforços e escolha de juniores que serão integrados ao grupo principal dependem diretamente do técnico.
Preocupado em ouvir de Autuori uma posição definitiva, o presidente Duda Kroeff participará hoje à tarde da reunião entre a comissão técnica e o departamento de futebol. Ele diz confiar na permanência. Foi essa a impressão que colheu ao sentar-se próximo do técnico na
viagem de volta de Santo André, há 10
dias. Na ocasião, a proposta já era de conhecimento da direção. Mas, conforme Duda, já não parecia mexer tanto com a cabeça do treinador.
– Já o senti mais balançado pela proposta – afirma Duda.
Para ele, se a questão fosse meramente financeira, Autuori nem teria vindo para o Grêmio em maio. Poderia ter exigido um reajuste para permanecer no Catar.
O diretor de futebol Luiz Onofre Meira reuniu-se com Autuori por uma hora ontem. Disse ter percebido de parte do técnico preocupação com o jogo de sábado, contra o Cruzeiro e em relação à pré-temporada, marcada para janeiro, em Bento Gonçalves. Na conversa, Autuori voltou a revelar sua frustração com o fato de não ter conseguido levar o Grêmio à Libertadores. Também mostrou insatisfação com o vazamento do salário oferecido pelo Al-Rayyan.
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