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 | 04/11/2009 23h10min

Na reta final do Brasileirão, Muricy aposta na bola parada

Treinador arrancou com o São Paulo em 2008 graças à jogada

Os clubes são diferentes. O contexto também é outro. Mas o técnico do São Paulo tricampeão nacional em 2008 e o atual comandante do Palmeiras, ansioso pela conquista depois de 15 anos, são os mesmos.

Hoje com peças diferentes, Muricy Ramalho tem mais uma vez as jogadas de bola parada como forte arma ofensiva na reta final. Agora, no Palestra Itália, “sai” Jorge Wagner e entra Figueroa, novo homem dos cruzamentos na equipe.

A arrancada para o título no ano passado passou pelas bolas alçadas na área, a maioria partindo de faltas laterais ou escanteios. O São Paulo foi mortal em tais lances da 33ª rodada, quando assumiu a liderança da competição, em diante.

A cinco rodadas do fim em 2009, Figueroa é o cruzador oficial. Ele assumiu o posto na partida contra o Goiás, a primeira sem Cleiton Xavier, machucado. E já deu resultado: os dois gols no empate em 2 a 2 contra o Corinthians partiram de faltas cobradas pelo ala chileno.

Figueroa já tem participação direta em seis gols de cruzamentos, seja com bola rolando ou parada.

— Toda vez que vamos para a área, vamos para fazer os gols. Ainda mais sabendo da qualidade do Figueroa — comentou Maurício, lembrando do gol de empate no clássico do último domingo.

— Eu não esperava que a bola viria em mim. Mas toda vez que o Figueroa vai bater na bola, temos de acreditar — completou o jogador.

Dos 52 gols do Verdão no Brasileirão, dez partiram da bola parada. Na era Muricy, o time fez 26 gols (seis neste tipo de jogada). Nas últimas oito partidas, o número cresceu: quatro dos 13 gols marcados.

Cleiton Xavier era o batedor de faltas e escanteios, até mesmo depois da estreia do lateral chileno. Com Figueroa em boa fase, os zagueiros e atacantes já estão sendo treinados à exaustão para “atacarem” a bola na grande área.

Muricy irá usar cada vez mais essa jogada como sua aliada para levar a taça para o Palestra Itália. A torcida do Palmeiras pode ter certeza: falta próxima à área é esperança de gols na certa. Do lado defensivo, o time passou imune desde que o técnico mexeu no esquema, há duas rodadas, contra o Goiás.

Bola parada: arma de Muricy em 2008

São Paulo 3x0 Internacional

33ª rodada: No jogo em que assumiu a liderança do BR-08, o time de Muricy começou a construir a vitória em jogada de bola parada. Após cobrança de falta de Jorge Wagner, Miranda desviou e Borges aproveitou o rebate para fazer o primeiro gol.

Portuguesa 2x3 São Paulo

34ª rodada: O primeiro e o terceiro gol saíram graças à bola parada. Jorge Wagner cobrou falta da direita e, após bobeada da zaga lusitana, Borges abriu o placar. O terceiro saiu a poucos minutos do fim do jogo: Hernanes cobrou escanteio da esquerda e, de novo, Borges aproveitou.

São Paulo 3x1 Figueirense

35ª rodada: Neste jogo, a equipe de Muricy não precisou usufruir da bola parada, mas os cruzamentos na área decidiram. Os dois primeiros gols do São Paulo, ambos marcados por Borges, saíram de cruzamentos parecidos da direita. As assistências foram de Jorge Wagner e Dagoberto, respectivamente.

Vasco 1x2 São Paulo

36ª rodada: A bola parada voltou a decidir. O primeiro gol, de Jorge Wagner, foi de falta. O segundo saiu após cobrança de escanteio de Jorge que Hugo completou para as redes.

São Paulo 1x1 Fluminense

37ª rodada: Após sair perdendo a partida, o São Paulo conseguiu o empate no segundo tempo graças a cruzamento de Jorge Wagner da esquerda. Borges marcou o gol.

Goiás 0x1 São Paulo

38ª rodada: Como não poderia deixar de ser, o gol que deu o terceiro título brasileiro a Muricy saiu em jogada de bola parada. Rogério Ceni cobrou a falta e Harlei defendeu; no rebote, Hugo cruzou e Borges fez.

LANCEPRESS
 

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