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 | 20/10/2009 23h31min

Com as bolas paradas, Vasco passa pelo ABC

Time de Dorival Júnior faz 3 a 2 e chega a sétima vitória fora de casa

Sob um certo sufoco, o Vasco passou por mais um duro desafio em direção à Série A do Campeonato Brasileiro. A equipe de Dorival Júnior, apesar de alguns cochilos na defesa, derrotou o ABC, em Natal, na noite desta terça-feira, por 3 a 2, gols de Fernando, Carlos Alberto e Fumagalli, pautando-se principalmente nas bolas paradas, origem de todos os gols.

Beneficiado pelo revés do Guarani, o clube cruzmaltino, agora, lidera soberano a competição, com quatro pontos de vantagem sobre o Bugre e outros 12 para o quinto colocado. A ideia de subir em outubro segue de pé. Já o Alvinegro local agoniza na penúltima posição, com 31 pontos.

1º tempo

O principal objetivo do Vasco era conter a correria do ABC, sobretudo no início do jogo. À beira do desespero na busca pela vitória, que poderia tirá-lo da zona da degola de imediato, o time potiguar tentou explorar o lado direito de seu ataque. Mas antes mesmo que conseguisse algum efeito, o rival abriu o placar.

Aos oito, Paulo Sérgio bateu escanteio, Titi raspou de cabeça e Fernando completou para o gol. Mas a verdade era que os cariocas não estavam bem postados no jogo. A maioria das disputas de meio-de-campo eram vencidas pelo ABC, que tinha trabalho, basicamente, para revezar as faltas em Carlos Alberto.

Não demorou, então, para que o duelo, corrido, se incendiasse de vez, com o pênalti cometido por Amaral. O zagueirão Gaúcho precisou de duas cobranças — a primeira o árbitro invalidou — para empatar a partida. Utilizando os laterais, o Vasco desafogava o setor de meio-de-campo e incomodava, principalmente com Ernani.

E foi o camisa 46 um dos responsáveis pelo segundo gol. Após bom passe de Elton, ele foi derrubado na área. Pênalti batido com categoria por Carlos Alberto, que negou o pedido do artilheiro da Série B, que desejava bater. Daí para frente, o clube cruzmaltino alternou boas e más jogadas, porém sempre com controle das ações, à exceção da ótima chegada de Júnior Negão que chutou rente à trave.

2º tempo

Ninguém mexeu no intervalo. Mas Dorival deve ter ficado com uma pulga atrás da orelha quando, aos 13 segundos, o ABC tornou a igualar o confronto em Natal, com o mesmo Negão, da entrada da área. Ambas as equipes, posteriormente, pautaram-se pela cautela e pouco criaram em quase 15 minutos. Até que em falta despretensiosa, Fumagalli enganou o goleiro e fez o terceiro.

Experiente, o Vasco soube controlar a ansiedade e tocou a bola com mais qualidade. Do outro lado, o adversário, mandante, já não contava tanto com o apoio de sua torcida, apreensiva com o tal do fantasma do rebaixamento. O tempo ia passando, o treinador cruzmaltino fez substituições, todas por questão física. E Flávio Lopes respondeu, tornando o time ofensivo.

Aos 38, um lance incrível. A bola quicou por quase meio minuto dentro da pequena área de Fernando Prass e, no fim, depois de alguma lambança, Titi afastou. Em seguida, Fernando fez falta dura, levou cartão, só que, na cobrança, que seria o sexto gol originado de bola parado, foi longe.

Nos cinco minutos finais, o corre-corre dos potiguares não deu resultado e o Vasco, mais uma vez, se safou, provando ser competentíssimo longe de seus domínios. Agora, apesar do sufoco, é só contar os dias para subir, o que pode acontecer, matematicamente, contra o Fortaleza, dia 31, no Ceará.

LANCEPRESS
 

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