| 09/10/2009 10h26min
O vôlei levou o caminho de Waldo Kantor, o melhor levantador da história da Argentina, até Modena (ITA), onde um garoto de sete anos ensaiava os primeiros passos nas quadras. A lembrança não abandonou nem a memória do argentino, hoje técnico do Unión de Formosa, nem daquele menino, Bruno, que hoje, aos 23 anos, comanda a Cimed e a Seleção.
Os dois disputam o Sul-Americano de Clubes, que começou na quarta-feira e vai até domingo, na Grande Florianópolis.
— Fazia muito tempo que eu não o via. E ele falou: “Fico muito feliz em poder ter te visto desde garoto e agora, conquistando o que você conquistou. Parabéns!”. Eu fiquei muito orgulhoso, porque é uma pessoa em quem eu me espelhei. Naquela época eu não o via com olhos de jogador, mas era um cara que fazia coisas maravilhosas — contou Bruno.
As recordações que Kantor guardou daquele garotinho, o filho do técnico do Modena, Bernardinho, que brincava com os jogadores depois dos treinos, é rica em
detalhes.
— Ele entrava na quadra
com a gente. Nós fazíamos o ataque e defesa (exercício em que todos os fundamentos são trabalhados) com ele e a bola simplesmente não caía! Eu falava que ele era o melhor under seven (sub-7) do mundo — brinca Kantor.
O argentino lembra que Bruno tem os genes do vôlei no sangue, já que é filho de dois ex-jogadores, Bernardinho e Vera Mossa, e elogia a maturidade atingida pelo brasileiro em tão pouco tempo de carreira.
— Quando você recebe um elogio desses, você fica orgulhoso e ainda mais motivado — agradece Bruninho.
Se os olhos com que observava Kantor eram os de um menino curioso, a admiração por dois levantadores brasileiros é fruto de avaliação criteriosa: a habilidade das mãos de Maurício, e a velocidade de pernas e a inteligência de Ricardinho.
— São dois caras em que a minha geração se espelhou — revela Bruninho, na esperança de trilhar o mesmo caminho de sucesso dos ídolos; bons mestres ele
teve.
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