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 | 06/10/2009 07h51min

Telefonema de dois minutos acertou vinda de Mário Sérgio

Técnico foi chamado logo após a coletiva de despedida de Tite

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

No ano do 100º aniversário, no ano dos 101 mil sócios, no ano do anúncio da Copa no Brasil com a remodelação do Beira-Rio, no ano em que a direção prepara um supertime para conquistar o tetra do Brasileirão, o Inter acabará a temporada com um técnico de mandato de dois meses. Após a demissão de Tite, Mário Sérgio Pontes de Paiva, 58 anos, chega hoje com a tarefa de dar um choque no vestiário numa empreitada temporária de 11 jogos. Em 2010, Wanderley Luxemburgo deve assumir. Foi um acerto inusitado. Às 14h20min de ontem, após a coletiva de despedida de Tite, o vice presidente Fernando Carvalho ligou para Mário Sérgio em São Paulo, e conversaram por dois minutos:

— Mário, você quer vir?

— Claro — respondeu o técnico, surpreso com o convite à queima-roupa.

E assim aconteceu o acerto, de forma tão provisória quanto o seu mandato. O preferido era Luxemburgo, que deferiu o convite ontem pela manhã e colocou no site o agradecimento à direção do Inter. Na verdade, não conseguiu a liberação no Santos. Mas Luxemburgo desembarcará no Beira-Rio em 2010, segundo garantem fontes ligadas ao clube.

Enquanto não vem Luxemburgo, Mário Sérgio chega às 11h40min e só então acertará salários de R$ 150 mil mensais mais um bônus de R$ 500 mil caso leve o time à Libertadores. Começa amanhã, contra o Náutico, no Beira-Rio.

Com o novo técnico virão os auxiliares Fernando Paiva (seu filho), e Sergio Araújo. O preparador físico Fábio Mahseredjian e o de goleiros Jorge Azevedo estão mantidos.

Até domingo, a queda de Tite era tratada publicamente pela direção como “onda” da imprensa. Os discursos eram indignados afirmando a manutenção do técnico, apesar dos recentes maus resultados — o time não vence há seis jogos — e garantiam que Tite ficaria até o final do ano.

Tudo mudou com a derrota para o Coritiba e o adeus à zona de classificação à Libertadores. Era preciso salvar o centenário, afinal, encerrar a temporada com os títulos do Gauchão e da Copa Suruga não pega bem – e 2010 é ano de eleição.

Vitorio Piffero e Fernando Carvalho sucumbiram às pressões de conselheiros e de torcedores, e retornaram na noite de domingo de Curitiba com a decisão: Tite estava fora. Faltava o substituto.

Gráfico: Mário Sérgio é um velho conhecido dos gaúchos

Em gráfico, a queda de rendimento de Tite no Inter:
 

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