| 27/08/2009 14h10min
Vinícius Rebello
Há um detalhe importante que está passando despercebido nesta possível transferência de Jonas (foto) para o AEK, da Grécia.
Se não vender o seu goleador na temporada e no Campeonato Brasileiro agora, o Grêmio corre o risco de perdê-lo sem lucrar um centavo de real sequer.
O contrato do atacante termina no fim de 2010. Seis meses antes, em junho, Jonas poderá assinar pré-contrato com qualquer outro clube, inclusive o próprio AEK. É o que diz a lei. No fim do
ano, será dono e senhor dos seus direitos econômicos.
Será livre para decidir o seu futuro sem necessidade de pedir permissão para ninguém. Nem ao
Grêmio, hoje dono de 50% dos direitos. Nem ao Santos e seus investidores, que detém 20%. E Jonas, em vez de lucrar 30% do valor, embolsaria 100% de em eventual negócio. A proposta dos gregos é de um milhão de euros. O Grêmio só aceita negociar daí para cima.
Conversei com Thiago Gonçalves, 33 anos, irmão e procurador de Jonas. O professor de matemática Ismael e a professora de Ciências Maria Luiza estão contentes com o sucesso do caçula da família no Grêmio. São três os filhos do casal: Tiago (33), Diego (30) e Jonas (25), todos nascidos na minúscula Taiúva, no interior paulista.
E é justamente esta satisfação toda com a boa fase do artilheiro do Grêmio que faz Thiago concluir: só deve concordar em mandar o caçula para a Grécia ou algum outro mercado fora do país se a proposta for realmente boa. Do contrário, talvez seja melhor ficar e esperar o fim do contrato:
— Estamos a 17 rodadas do fim do Brasileirão, que pode colocar o Grêmio na
Libertadores. Aí tem férias, pré-temporada
e, dali a três ou quatro meses, o Jonas tem permissão legal para assinar pré-contrato. No fim do ano, será dono dos seus direitos. Para sair agora, só se for muito bom para ele e para o Grêmio. Só se valer a pena mesmo.
A proposta do AEK é de um milhão de euros. O Grêmio só aceitar conversar daí para cima. Com Maxi López se recuperando de lesão, a novela da contratação de Leandro indefinida, Herrera recém pegando ritmo após longa parada e Perea ainda uma incógnita, é arriscado liberar Jonas no momento decisivo do campeonato.
Mas se não vender agora, o Grêmio pode perdê-lo sem lucrar nada.
É um dilema.
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