| 24/08/2009 05h06min
Resta ainda uma semana para o fechamento da janela de transferências de jogadores para o Exterior, responsável pelo desmantelamento de boa parte dos times brasileiros. O Grêmio, porém, dificilmente perderá força. O zagueiro Réver, por exemplo, destaque maior da goleada por 4 a 1 sobre o Atlético-MG, ontem, no Olímpico, não sonha, pelo menos neste momento, em construir uma carreira distante do país.
– Não posso pensar em trocar o Grêmio por qualquer clube. Tem que ser uma coisa muito boa. Tanto para mim quanto para o Grêmio – garante o jogador.
Anunciada por jornais italianos na semana passada, uma suposta oferta da Lazio ainda não se confirmou. Os primeiros rumores davam conta de uma proposta de 3 milhões de euros (cerca de R$ 7,8 milhões). E, ainda assim, pagos de forma parcelada. O Grêmio só aceita negociar o zagueiro se a oferta partir de 5 milhões de euros (R$ 13,1milhões). À vista.
– É claro que daremos uma afrouxada no nosso dia-a-dia se alguma
venda ocorrer. Mas o nosso negócio é
montar um bom time de futebol e não ganhar títulos de contabilidade – avisa o presidente Duda Kroeff.
Neste momento, o que mexe com Réver é uma questão afetiva. Dia 20 de outubro, ele irá se casar com Giovanna, uma gaúcha de Santa Rosa que lhe dará o primeiro filho, em 2010. A vitoria e a boa atuação de ontem foram comemoradas na casa dela. Também foram motivo de festa em Ariranha, sua cidade natal, no interior paulista, convertida por seus familiares e amigos numa pequena colônia gaúcha.
Modesto, Réver não concorda que este seja seu melhor momento no Grêmio, desde que foi contratado do Paulista de Jundiaí no turbulento período que se sucedeu às quedas no Gauchão e Copa do Brasil de 2008.
– A diferença é que, agora, os gols estão saindo com mais frequência – explica.
Duas curiosidades, aliás, marcam essa sua fase goleadora. A primeira é que a jogada em que Tcheco faz o cruzamento para a área e ele conclui de cabeça era mais ensaiada
no ano passsado, ainda sob o comando de Celso
Roth.
A outra é que Réver marcou um gol pelo segundo jogo seguido desde a lesão na cabeça, no jogo contra o Palmeiras, dia 6, no Parque Antártica. No domingo anterior, havia feito contra o Flamengo.
– Alguma coisa boa aquela pancada tinha que me trazer – brinca o zagueiro.
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