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 | 21/08/2009 09h32min

Imprensa espanhola destaca começo ruim de Cristiano Ronaldo no Real Madrid

Jornais dizem que Kaká assumiu o papel de protagonista do time

Cristiano Ronaldo: homem rico, jogo pobre. Este é o título da matéria de análise do jornal Sport sobre a mais cara contratação da história do futebol mundial. A imprensa espanhola destaca nesta sexta o começo ruim do português no Real Madrid.

"Cristiano Ronaldo não entrou na dinâmica do grupo. Não se conecta, não faz gol, não dribla, não brilha e isso começa a lhe desesperar. Acostumado a ser o foco principal de todas as câmeras, vê como Kaká lhe está roubando o protagonismo e a magia em uma equipe repleta de estrelas midiáticas", diz o jornal.

De acordo com o Sport, o técnico Manuel Pellegrini não encontrou um lugar para o craque no time. Tanto que o sacrificado contra o Borussia Dortmund foi o capitão Raul. O histórico camisa 7, que sobreviveu a todas as operações do clube em 15 anos, foi para o banco para que Cristiano Ronaldo permanecesse no time.

O texto lembra ainda as cifras astronômicas que envolvem o português, contratado por 96 milhões de euros (aproximadamente R$ 252 milhões), com salário de 12 milhões anuais (R$ 31,5 milhões) e multa rescisória de 300 milhões (R$ 789,5 milhões), números que agora o pressionam por um melhor desempenho.

Já o Mundo Deportivo afirma que Cristiano Ronaldo se tornou um "problema de estado" no Real Madrid. Segundo o jornal, uma das razões para a ansiedade dele se chama Kaká, que já tem sido idolatrado pela torcida.

"Cristiano foi chamado para ser a bandeira do novo Real Madrid e resulta que esse papel foi assumido por Kaká. (...) Quer recuperar seu papel protagonista e isso lhe provoca ainda mais nervos. Também não se adaptou bem à vida madrilenha e ao assédio da imprensa. O português não sabe o que fazer para fugir desta nuvem de câmeras que o seguem a todas as partes."

O Mundo Deportivo disse que Ronaldo também está chateado com a Federação Portuguesa, que o criticou por não ter jogado pela seleção contra Liechtenstein no último dia 12 alegando estar gripado.

— Joguei com a seleção no dia em que morreu o meu pai. Fico triste que em Portugal duvidem de quem sou eu — disse o jogador.

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